segunda-feira, 26 de maio de 2008

A TECNOLOGIA COMO REQUISITO EDUCATIVO NA VIDA HUMANA


Ana Maria Clemente


Essa nova sociedade, também chamada sociedade do conhecimento, requer novas competências e novas atitude, exigindo um indivíduo atuante, pensante, pesquisador, com autonomia intelectual. Cabe então à escola, na condição de instituição responsável pela formação do indivíduo, formar pessoas capazes de lidar com o avanço tecnológico. Precisa colocar o aprendiz em contato com as novas tecnologias da comunicação e informação, bem como colocar a tecnologia em favor da educação. Com isto, saber relacionar bem com;a informática, transportes, telecomunicações, comunicação de massa, e mais, ser capaz de operar de terminais bancários, transitar pelos sistemas de transportes, utilizar os meios de comunicação como o fax, celulares e internet, lidar com quantidades de pessoas e culturais e ser um cidadão comum com seus medos, angústias, direitos e deveres encarando de peito aberto as exigências diárias da vida moderna.


É nesta ótica introduzida a cima, que deparamos com a complexidade moderna, e o pior, saber utilizar todos esses meios. Parte daí a preocupação de diversos sistemas que atuam no meio e utilizam se das mesmas (escolas, sindicais, ligados a ONGs, religioso, etc.). São processos de formação humana atentos aos desafios presentes.


Sabemos que o nível educacional está alto e as exigências cada vez mais precisas. Porém, o nível de convivência social é complexa devido a tantas diversidades presentes na sociedade, o ser humano está inserido num campo de batalhas precisando selecionar, analisar e utilizar um tipo de informação mais cabível. Dentre essas informações temos a escrita, que hoje é um código de domínio imprescindível. Além disso, lidamos com informações de caráter científico-tecnológico e linguagens complexas como a matemática, a informática e a comunicação de massa.


Para atingir tais habilidades complexas exigidas, o novo cidadão precisará de informações básicas mental -cognitiva sociais e de capacidade de realização.


Os caminhos da aprendizagem é saber tornar os saberes significativos e interessantes na vida do aluno. Levar o mesmo a compreender o real valor do ensinado e acreditar nisso. Cabe então, as tecnologias nesse desenrolar da aprendizagem fazer a diferença cada vez mais. O professor proporcionar uma ambiente de formação, reflexão crítica e esclarecer cada atividade deixá-los perceber o processo educativo e o valor de cada um no meio social. Perante a essa percepção, entre a noção de globalização, que é a interação em todas as esferas traduzindo um conhecimento geral, tecnológico que está ligado ao processo de aprendizagem. Neste pensar inseri-lo no mundo global de forma significativa e valorização pessoal.


Então, por meio da tecnologia também é possível potencializar o processo de ensino e aprendizagem. São recursos que potencializam uma linguagem variada. As máquinas comuns como televisor, máquinas de calcular, gravador e outros eletrônicos proporcionam um ambiente problematizador com atividades reflexivas, atitudes críticas, e melhor capacidade de decisão e autonomia privilegiada.


A educação a distância, a qual baseada na internet, foi a grande novidade no início do milênio, segundo as profecias de McLuham 1969. Devido a esse movimento informático a nossa cultura se confunde com uma linguagem diversificada devido ao uso da internet levando assim a uma cultura digital deixando a linguagem escrita. Entretanto o professor deve aproveitar os recursos tecnológicos que ale são disponíveis para que possa desenvolver em seu aluno, uma aprendizagem de qualidade e principalmente satisfatória.


Gagné (1970), aponta quatro teóricos da aprendizagem, sendo as mais importantes idéias para o planejamento. São eles: Miller, Skinner, o próprio Gagné e Ausubel.


Miller (1957) destaca quatro princípios: Primeira motivação. O estudante deve aspirar, ou querer alguma coisa. Partindo da motivação ela acontece com a junção do que o aluno já sabe com efeito dos materiais instrucionais, ou seja, estimula o que já existe no estudante.


O segundo Miller chama de "pista". Os "materiais" sejam verbais ou pictórios, devem salientar as "Pistas" relevantes para a aprendizagem. Assim o estímulo para a aprendizagem é discriminado imediatamente pelo estudante. No entanto o da resposta onde o estudante deve Fazer alguma coisa em função da instrução. Deste modo, a afetividade da instrução é aumentada, devido as exigências dos materiais ao estudante em transformar o conhecimento recém-adquirido. Por último o quarto princípio, o da recompensa é onde acontece o retorno pelo o que tem Feito.


Já Skinner, enfatiza o "controle do estímulo" princípio básico para o mesmo. Em sua teoria coloca princípios como "modelagem" aplicável à aprendizagem de ações motoras como na aprendizagem de uma língua estrangeira. Outro semelhante a este, é o da "aproximação sucessiva" que repete após a retirada da pista. Temos " o encadeamento" onde o procedimento longo é aprendido. Como aritméticas ou letra de uma música. Sendo assim, em suas teorias Skinner oferece alguns procedimentos práticos para a preparação da instrução.


Gagné distingue sete tipos principais de processos mentais e suas diversidades, chamados de aprendizagem.


1- aprendizagem de sinal (condicionamento clássico);
2- aprendizagem de estímulo-resposta (s-r);
3- aprendizagem de encadeamento verbal e motor;
4- discriminação múltipla;
5- aprendizagem de conceito;
6- aprendizagem de princípio;
7- resolução de problema.


O segundo princípio de Gagné é a "aprendizagem cumulativa", que ocorre por uma anterior.
De acordo com a teoria de Ausubel, na "subsunção" a aprendizagem se dá com o nascimento de uma nova idéia "introduzida". Ele aborda outros princípios como a " diferenciação progressiva" e "consolidação", que são princípios específicos comparados com Miller.


A aprendizagem é assunto individual, onde o estudante determina o que faz (Gagné,1970) e não é feito pelo material de instrução ou pelo professor. Neste pressuposto Atenção, segurança, "pistas", "feedback", avaliação, são arranjos do meio ambiente para propostos de uma aprendizagem. São marcos da instrução.


Em 1899, John Dewey, expôs a idéia de uma "ciência-ponte", entre teoria e prática. Assim sendo Robert Glaser (1976, 1982) acreditou na tecnologia educacional devido aos princípios científicos. Com isso nos remetemos aos grandes teóricos Piaget e Vygotsk, que contribuíram para a "nova psicologia", a aprendizagem cognitiva, que significa a construção do conhecimento.
Femández Pérez (1994,p.92-93):

O futuro científico e tecnológico do ensino, como profissão das construções curriculares e aplicações didáticas educativas. situa-se quase sempre na zona (...) da paradoxal desconstrução permanente conceitual que poderíamos denominar de "zona" de desenvolvimento próximo técnico-educativo. (Vygotsky)

Para ele essa seria a solução para a prática educacional atual.


Assim, diante de tantas linhas teóricas relacionados por titans pensadores ou talvez professores de uma história, ditam seus princípios educacionais, agarrem quem quiser, são habilidades, competências, ato de aquisição, que hoje diante de tantas normas que impregnaram a essa sociedade globalizada e explorada fica muito complicado saber conduzir tudo que nos é imposto. Sabemos que além de professores, existe um ser humano cheio de incertezas e com medo do fracasso. É preciso um maior contemplamento dessas tecnologias, para que seu desenvolvimento curricular ultrapasse não só o tradicional teórico, mas também o medo do contato.

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