OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS

Eliane de Alencar Ferreira

As transformações que a sociedade vem vivendo impõem grandes desafios a todas as pessoas. Somos coagidos a acompanhar as novas tendências tecnológicas, pois a vida moderna exige isso e quem não se adequar a essas transformações será descartado do mercado de trabalho ou encontrará dificuldades em conseguir um emprego. O leigo tecnologicamente falando encontrará dificuldades não só no mercado de trabalho, mas em situações diversas do seu cotidiano, como: operar caixas eletrônicos, celulares, Internet, etc. No mundo informatizado em que vivemos não há espaços para pessoas retrógradas, mas sim para aqueles que estão sempre prontos a aprender.

Os desafios que os seres humanos têm que enfrentar são imensos, ocorreram grandes mudanças e todos são desafiados a acompanhar o ritmo dessas mudanças. Em todos os lugares a tecnologia está presente e “os cidadãos estão em contato cada vez mais intenso com informações as mais diversas que eles precisam selecionar, analisar e utilizar...” Exige-se um nível educacional mais alto, as pessoas precisam dominar a escrita e elevar seu grau de escolaridade para se inserir no mercado de trabalho. Não se admite neste mundo globalizado o analfabeto tanto no que diz respeito à escrita como também o analfabeto tecnológico. É preciso estar em constante atualização, para isso o ser humano tem que ser aberto a mudanças.

Conseqüentemente a educação também vem sendo afetada com essas transformações. Diante dos desafios que toda a humanidade tem que enfrentar, as escolas precisam adequar seu currículo para se adaptar a essa nova realidade. Torna-se necessário que os trabalhadores em educação repensem seu papel de formadores de cidadãos críticos, criativos, autônomos e preparados para encarar o mundo. Conscientes de seu papel e de sua importância na formação intelectual das pessoas, os educadores terão clareza para discernir que é preciso não só inserir os recursos tecnológicos, mas saber utilizá-los para que venha auxiliar no processo ensino-aprendizagem.

A escola tem que estar preparada para formar o cidadão e deixá-lo apto a encarar a realidade da vida. Diante de tamanhas mudanças, torna-se necessário rever o significado da aprendizagem. Não nos interessa mais aquele tipo de conhecimento valorizado até pouco tempo: o aluno copiava grandes textos, decorava e no dia da prova deveria saber tudo exatamente como estava no caderno. O ensino estava centrado no professor: ele sabia tudo e repassava seus conhecimentos para os alunos. Esse tipo de “ensinagem” está ultrapassado. Para se formar seres pensantes o ensino deve ser participativo, onde professores e alunos têm um bom relacionamento e são companheiros no caminho para a aprendizagem.

O aluno deve ser motivado a aprender e o professor se torna um facilitador desse processo. Ele irá apenas conduzir o aluno a buscar o seu próprio aprendizado. Em se tratando de tecnologias o professor irá introduzir as inovações tecnológicas e conduzir os alunos de uma forma que eles aprendam não só a manusear as máquinas, mas que ele possa saber tirar o melhor proveito delas e discernir o que é bom e o que não é.

Cabe à escola oferecer ao seu alunado não só o acesso aos recursos tecnológicos, mas também criar situações que venham favorecer o processo-ensino-aprendizagem. Diante de tamanhos desafios a escola deve formar pessoas capacitadas com conhecimento e visão crítica para participar deste mundo globalizado. Em conseqüência dos avanços científico-tecnológicos o ser humano precisa estar preparado para se adequar ao mundo do trabalho atualmente tão exigente.