quarta-feira, 2 de abril de 2008

Tecnologias na Educação - Cássia Luciana de Melo Pessoa


Como seria possível entender o termo Tecnologia Educacional sem ao menos entendemos o que é tecnologia? E como experimentar novas mídias no processo educacional se não conseguimos acompanhar o desenvolvimento da tecnologia? Alguém tão leigo no assunto “tecnologia” poderia formular diversas outras questões a respeito, e a tentativa de respondê-las talvez pudesse ser um caminho para o entusiasmo, novas experimentações e criação de novas aplicações utilizando os aparatos tecnológicos existentes.
Quadro negro é tecnologia! Tomamos primeiramente essa afirmação para entendermos que não podemos relacionar tecnologia apenas às máquinas de invenção mais recentes, generalizando o conceito aos aparelhos tecnológicos lançados na atualidade. Uma vez que tecnologia gera novas soluções, e que outras soluções mais eficazes podem vir a substituir as já existentes buscando alcançar a solução ideal, e correndo o risco de ser abrangente demais, ou restrito demais, tomamos o conceito de tecnologia como o constante estudo de técnicas e procedimentos relacionados com uma determinada atividade e a aplicação da mesma. Do quadro negro aos mais modernos computadores, eis a evolução tecnológica no uso dos meios que podemos utilizar na dinâmica educacional. E seguir a evolução não significa necessariamente abandonar velhas soluções, visto que muitas delas são eficazes e podem permanecer, mas compreender que não existe tecnologia absoluta e que estamos sempre as voltas na busca de alcançar soluções cada vez melhores. Significa também encontrar a melhor forma de integrar as várias tecnologias e procedimentos metodológicos.
Em relação às novas mídias, que oferecem ao professor mais opções metodológicas e mais possibilidades de organizar a comunicação, há necessidade de um processo de incorporação e de disseminação do uso das mesmas. Esse processo será possível aos professores que estiverem acompanhando as evoluções tecnológicas, que não teme novidades e que buscam dominar conhecimentos das novas tecnologias. Tomamos como exemplo o uso da internet pelo professor, tanto para ensinar como para aprender. A internet oferece muitos caminhos, dos quais o professor poderá escolher aquela mais adequada a sua situação concreta. Portanto ele somente poderá utilizar-se da internet a partir do momento em que domina as ferramentas da WEB e que saiba navegar.
Levando em consideração o fato de que o desenvolvimento não é igual em todos os aspectos e setores, e tomando uma realidade onde as mais modernas mídias não estão acessíveis a todas as pessoas, poderíamos justificar nossa resistência ao uso das novas tecnologias e nossa falta de domínio as técnicas e procedimentos necessários ao uso das mesmas. Mas um professor consciente do seu papel de mediador do conhecimento e consciente de que vive numa cultura em que a tecnologia esta em constante evolução, encontrara formas de acompanhar tal evolução, encontrara formas de ter acesso a ela. Como mediador do conhecimento que esta seguindo o processo natural da evolução da humanidade, o professor terá uma variedade de opções metodológicas e possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, introduzir temas, trabalhar e avaliar.
Vale lembrar que aparatos tecnológicos nunca irão substituir o professor. Até porque é nas relações sociais que mais aprendemos. E mesmo uma publicação, por exemplo, por mais que tragam idéias, conhecimentos e conceitos, e de onde podemos partir para desenvolvermos novas tecnologias, pode trazer algum conhecimento, mas não faz o papel de mediador, que cabe apenas ao professor.
Entendemos o termo tecnologia da educação a partir das palavras chave “mídias, mediação e publicações” e de suas principais características, entre elas apropriação das novas tecnologias e sua aplicabilidade no contexto educacional.

A autora é acadêmica de Pedagogia
Artigo acadêmico escrito em Março de 2008

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