quarta-feira, 2 de abril de 2008

Introdução a tecnologia educacional - Helen Maciel da silva



Estamos na era da tecnologia e inclusão digital, e é muito triste constatar que ainda a quem pensa que tecnologia na educação se faz simplesmente com os veículos de comunicação em massa. Sabemos que num contexto de um mundo globalizado a tecnologia tem avançado cada vez mais proporcionando as pessoas mais informação, entretenimento, oportunidades de negócios, relacionamentos... E outros, enfim uma infinidade de facilidades ao ser humano, e o profissional se depara na pratica com todas essas informações em sua atividade docente, a escola não pode ficar a margem desse turbilhão de informações, mas adequá-las a realidade na qual está inserido fazendo uso de todas essas mídias a favor da educação favorecendo um aprendizado eficaz através dos novos recursos oferecidos pelo mercado. É necessária a adequação desses instrumentos tecnológicos em sala de aula.
Em meio a essa realidade o que vemos nas escolas?
· Professores alienados a mudanças tecnológicas
· Não aceitação do novo
· A não adequação desses materiais
· Despreparo profissional
Como o exemplo histórico nos mostra, a simples chegada de uma mídia, como o quadro-negro, não significou sua imediata incorporação como elemento do processo educacional. Foi preciso que alguns docentes, de início, se entusiasmassem, experimentassem e criassem novas aplicações, utilizando-se delas nas aulas para que ao longo do tempo a incorporação efetiva do quadro-negro se desse. Foi, juntamente com as mídias disponíveis e as publicações de cada época, a forma de atuação, de mediação, de intervenção, enfim, as decisões tomadas pelos professores e educadores na construção e condução de suas aulas que configuraram outras inúmeras possibilidades de tecnologias educacionais.
O bom educador precisa ter claro o que significa tecnologia educacional, não
basta ter computadores e software na escola: é preciso algo mais, inclusive de
natureza diferente desta mídia, por mais inovador que ela possa parecer à primeira
vista, para que se produzam ganhos significativos nos processos educacionais,
contando com tais recursos.
Computador não é tecnologia educacional. Software não é tecnologia educacional. Livro não é tecnologia educacional, e apostila também não. Sala com computadores PC, com ou sem ar condicionado, não é tecnologia educacional. Discurso sofisticado não é, necessariamente, Tecnologia Educacional. Videocassete não é tecnologia educacional também. Giz e apagador não são tecnologias educacionais em extinção, nem o pobre quadro-negro também o é. Esses instrumentos servem apenas de recursos utilizados pelos professores para enriquecer suas aulas. Os instrumentos, as mídias por si só são incapazes de produzir conhecimentos, mas quando são utilizados como suporte para enriquecer as aulas e promover conhecimento através da mediação e intervenção do professor daí se da à tecnologia educacional que nada mais é do que a ação didática do professor utilizando as mídias.
Tecnologia Educacional, portanto, é mais do que um conceito recorrente: representa, a cada momento, no tempo histórico, a complexidade dos processos pedagógicos, na esteira da tomada de decisão de seus gestores.

* Autora está cursando o 5º período de pedagogia.
Artigo acadêmico escrito em março de 2008.

2 comentários:

keith disse...

Adorei encontrar vcs por aqui. Vcs vao vencer bjs. Keith. (ex-acadêmico UNIR)

Anônimo disse...

valeu helen, belíssimo artigo, continue assim.

um abraço do amigo.
wesley