sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O desafio de ensinar com as tecnologias.


*Washington Roberto Nascimento

A palavra tecnologia vem de técnica, em grego, techné, ou seja, arte, capacidade de fazer. O dicionário Aurélio dá a palavra técnica como sendo a forma substantivada do adjetivo técnico e que significa “A parte material ou conjunto de processos de uma arte”. “Maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo”. Como exemplo, pode-se dizer que a didática é a técnica de ensinar.

Desta feita, antes de falarmos de tecnologias, devemos falar de educação, ou seja, do grande desafio de ensinar usando a tecnologia.
Há uma grande confusão, com os termos tecnologias da educação e tecnologia na educação. Vamos ao primeiro ponto do que seja tecnologia da educação. As tecnologias – e aqui usamos o plural - da educação são todas as ações pedagógicas e didáticas usadas para tornar o processo de ensinagem e aprendizagem extremamente atraentes.
As ações de ensinagem e aprendizagem não podem ser medíocres, não podem ser pobres, elas tem que ser bem alicerçadas com um cunho pedagógico e didático para tornar o espaço educacional super prazeroso, em que o aluno sinta o sabor, a excitação para aprender, para querer voltar à escola e saber mais e mais.
Neste princípio do século XXI estamos vivenciando a maior quebra de paradigmas da comunicação mundial, em que as tecnologias assumiram papel substancial, tornando o mundo numa aldeia global. O mundo de hoje é chinês, indiano, russo, alemão, brasileiro, africano, americano, europeu etc. As hegemonias não são mais supremacias, por mais ricas que tenham sido, e nem as nações periféricas são mais tão pobres, todos têm um pouco e muito para receber e dar.
Com esta revolução, a aldeia global, quer uma educação sem fronteiras. Já temos uma comunicação sem fronteiras.
Porém, as nossas escolas ainda proporcionam uma educação com muitas fronteiras, com muitos pré-conceitos, com muito conservadorismo etc.
Agora sim, temos que falar das tecnologias na educação, ou seja, o uso das parafernálias eletrônicas, computacionais, audiovisuais, sonorização etc. que devemos usar para tornar as aulas mais atrativas, mais dinâmicas, mais prazerosas, e claras com um poder de assimilação bem superior.

Como fazer isto com as tecnologias na educação? Um professor de geografia falando dos continentes e tendo em seu poder um data show (projetor de vídeo), Ele não só falará das Américas, mas apresentará a America do norte em slide, lá os alunos poderão ver a Groelândia e suas geleiras, a sua história, o seu povo, a sua cultura, o clima. Em seguida ir para o Canadá, lá conhecer as fazendas de peixe, os ursos, os idiomas falados e por que falam esses idiomas, em seguida vir para os Estados Unidos da América e comentar sobre as 13 capitanias e a colonização inglesa, em seguida chegar ao México, mostrar os povos astecas, os Maias e os Incas e sua cultura. Vai-se para a América Central, mostra-se o percurso de Cristovão Colombo, quais os países que compõem a América Central e como ocorreram as colonizações nela. Chega-se a América do Sul e mostra-se o Brasil com os seus países de fronteira e o oceano Atlântico.
Numa aula dessas com todo o aparato das tecnologias na educação, a dinâmica da visualização, o contato auditivo, o debate de ponto a ponto como são as ocorrências não só na geografia física, como também na social, histórica, política e econômica vão aguçar o espírito investigativo do aluno, em que o professor poderá solicitar que ele vá até a internet e busque em sites especializados, tipo Google Earth ou Maps, a localização exata, investigar outros detalhes interessantes. As tecnologias na educação são um indispensável instrumento para que possamos ter aulas excitantes e com excelentes resultados de ensinagem e aprendizagem, visando a formar o cidadão competitivo para esta era globalizada e de comunicação instantânea.
Com as tecnologias na educação e com as tecnologias da educação podemos sim, estabelecer algumas metas como princípios para que possamos atingir o alvo da ensinagem e aprendizagem excitante, que são:

a. Motivação - a aula tem que ser projetada, pensada, elaborada e apresentada com o espírito do professor motivado, para que Ele possa passar esta energia aos seus discentes.
b. Estímulos - O professor tem que criar o ambiente propicio para estimar a curiosidade e o interesse pela disciplina e pela matéria em estudo.
c. Recompensa - Para cada estímulo tem que haver a recompensa, a Lei de Skinner. O alunado tem que saber que há recompensa pelo seu interesse e busca.
d. Feedback - Troca permanente de idéias professor-aluno, aluno-professor. Daí vem à construção do saber mútuo, das convergências de idéias.e. Avaliação permanente - O alunado tem que saber que as suas ações estão em ascensão ou em decadência, onde estão acertando ou errando, e quais as metas a atingir ou quais caminhos a seguir.
f. Recordação - Sempre apresentar a aula anterior, a aula do dia e a aula posterior, para que o alunado tenha em mente o que estão estudando, que possam dar seqüencia e o professorado possa cobrar estas ações, sem perda de nenhuma das fases.

Com estes princípios básicos, podemos começar a criar as condições pedagógicas de como ministrar aulas excitantes e com retorno de ensinagem e aprendizagem.

O computador jamais irá substituir o professor, todavia o professor não tem mais como viver sem o computador e as tecnologias que proporcionaram luz do saber às suas aulas.*é professor na UNIR – Campus de Ji-Paraná

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