sábado, 22 de março de 2008

Artigo acadêmico - Wesley Grudtner Martins


INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Nos dias de hoje faz-se necessário iniciar uma nova perspectiva na escola, no sentido de romper com o tradicionalismo da aprendizagem, utilizando ferramentas que se tornaram imprescindíveis à Educação, tais como o uso da televisão, do vídeo, do DVD, do telefone, do rádio, do computador e Internet. O bicho humano não gosta de mudança, isso é fato comprovado, especialmente no Brasil, onde o gosto pelo “tradicional” ainda mantém-se e o ranço de tudo o que é velho e arcaico deve ser ainda explorado.


O exemplo são os diários preenchidos pelos professores e que é tão antigo quanto à história da educação e nunca sofreu uma sombra de mudança e aí daqueles que propõem um meio eletrônico ou talvez elaborado no computador, isso sem falar do mimeógrafo, giz, quadro negro e outros aparatos antigos e medievais, onde implicam que se quebrarmos esses paradigmas, dá a entender que estaremos rompendo com “valores” inigualáveis que arruinará os professores e alunos. No entanto, nas escolas públicas e particulares, mesmo timidamente, encontramos algumas ferramentas tecnológicas de ultima geração.


O Governo fez o seu papel e o computador foi um dos primeiros a encabeçar essa lista, podemos vê-lo nas secretarias, direção e nos laboratórios de informática. O curioso disso tudo é que a grande maioria dos servidores de apoio (agentes administrativos, vigias, serviços diversos e outros) é que dominam essas máquinas e que tranquilamente dariam uma aula muito bem explanada dominando as técnicas básicas do suporte que um computador tem a oferecer em sala, porém, conta-se nos dedos os professores que ao menos sabem o que é digitação.


O medo da tecnologia é presente na maioria destes profissionais que vêem nisso um bicho de sete cabeças ou quem sabe uma ameaça a sua didática e ao seu emprego, esquecem que as máquinas são meros instrumentos que auxiliam o professor ou outro profissional no desenrolar de seu trabalho. Qualquer instrumento mecânico, tecnológico ou algum outro tipo necessita do homem para operá-lo e nunca se ouviu falar que um computador ou outro instrumento qualquer tomou o lugar de um professor ou outro tipo de profissional.


Um dos objetivos da Informática na Educação é o de conhecer as possibilidades de uso da mesma. Para o professor se familiarizar com o computador, ele precisa usá-lo nas mais variadas atividades, mesmo que elas não sejam de especial significado pedagógico nem voltadas para a sala de aula.


Quando os professores tiverem com o computador a mesma intimidade que hoje têm com o livro, descobrirão ou inventarão maneiras de inseri-lo em suas rotinas de sala de aula, encontrarão formas de criar, em torno do computador, ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem que propiciarão aos alunos uma educação que os motivará tanto quanto hoje o fazem os jogos computadorizados, os desenhos animados, os filmes de ação e a música.


É necessário dispor de um currículo flexível, multicultural, que relacione seus conteúdos, objetivos e estratégias às questões culturais e tecnológicas, de acordo com as necessidades que surgem ao longo da execução das atividades.


No entanto, quando sensibilizado a trabalhar com a informática, o educador percebe-se um agente transformador da ação pedagógica e não uma ameaça, e esta descoberta refletem-se rapidamente na elaboração de seu material didático e no planejamento de suas aulas. Este é o primeiro passo na direção do professor “abraçar” a informática na escola.


Os autores Bruner, Dewey, Freire, Piaget, Skinner, Vigotsky, entre outros, oferecem as bases em que à interação da informática com a educação pode ser trabalhada, sendo modificada de acordo com a turma, com a metodologia adequada ao tema que será desenvolvido e com o Projeto Político Pedagógico da escola. Deve-se investir maciçamente nas tecnologias oferecidas e não intimidar-se com elas, pois a busca pelo conforto, prazer, alegrias e facilidade sempre foram o que os nossos ancestrais buscavam no seu dia a dia e que hoje se encontram em nosso meio.


Quando a lousa e o giz entraram em sala de aula, isso no fim do século XIX, os profissionais de educação da época, achavam que essa evolução tecnológica ameaçaria o profissional e seriam eles descartados pelo giz e quadro negro, porém isso não ocorreu e o mesmo se repete com a mentalidade dos profissionais de hoje, com relação à evolução tecnológica.


Para prosseguirmos no mundo atual que vivemos, temos que ter vontade, determinação, coragem, audácia, curiosidade e estilo para continuarmos nessa sociedade capitalista, produtiva e consumista. Se ficarmos presos em antigos conceitos, venerando velhas tradições e enaltecendo antigas culturas, ficaremos para traz, o bonde das chances e realizações passará e nós andaremos de um lado para outro, totalmente fora da realidade que nos rodeia e a mercê da sorte e do esquecimento.

2 comentários:

Sílvia Gabrielle disse...

É isso aí Wesley, estreando o nosso blog!!
Parabéns!
:)

Anônimo disse...

parabéns pelo artigo ficou jóia, concordo quando diz que o governo faz sua parte e que os professores não estão muito interessados.

um braço!

amiga helen