quinta-feira, 19 de novembro de 2009

As influências de Skinner na EAD

As influências de Skinner na EAD
* Laudinéa de Souza Rodrigues

Burrhus Frederic Skinner, psicólogo norte-americano, nascido em 1904, foi o criador do que ele denominou “análise experimental do comportamento”, método que permite prever e controlar cientificamente o comportamento humano. Doutorou-se em Harvard, em 1931, e depois de alguns anos lecionou na Universidade de Minnesota e na Universidade de Indiana, da qual foi presidente, regressou a Harvard como professor e pesquisador em 1947.
Skinner interessou-se pela análise da aprendizagem verbal, pelo adestramento de pombos, pelas máquinas de ensinar e pelo controle do comportamento mediante reforço positivo. Até a sua morte, em 1980, desenvolveu trabalhos de aplicação tecnológica dos princípios da análise experimental do comportamento no campo do ensino e no trabalho psicoterapêutico. Além disso, dedicou-se à elaboração de uma filosofia, o Behaviorismo, que se vincula ao movimento de análise experimental do comportamento onde há o uso de técnicas para a sua modificação com o intuito de melhorar a sociedade e tornar o homem mais feliz. Sua principal proposição era de que um reflexo não é senão a correlação entre um estímulo e uma resposta.
Foi Skinner, um dos principais propositores do uso de aparatos tecnológicos, preconizava que estes aparatos conferiam mais eficácia ao ensino. Suas famosas “máquinas de ensinar” foram, de certo modo um dos precursores do computador (pelo menos no seu uso educacional). Tendo todo esse ambiente teórico favorável e ainda com o desenvolvimento dos meios de comunicação eletrônicos (rádio e televisão) a educação a distância ganha um novo impulso. Melhoraram as possibilidades de transmissão do conhecimento.
Nas suas “máquinas de ensinar”, o aluno é colocado diante de um painel onde aparece uma questão relativa a algo que ele já conhece e, ao mesmo tempo, uma nova informação concernente ao mesmo tema. O aluno deve responder à questão apresentada e, se acertar, a máquina passará automaticamente para a questão seguinte, que será referente à informação dada imediatamente antes. Se não acertar, não poderá prosseguir, devendo retornar a algum passo anterior.
Por meio desse procedimento, organiza-se a aprendizagem do aluno passo a passo, em ordem crescente de dificuldade, seguindo os princípios da modelagem do comportamento, em que cada resposta certa do aluno constitui um reforço para a aprendizagem.
A chamada instrução programada derivou dessas máquinas, as questões apresentadas aos alunos são impressas e as respostas corretas aparecem em outra página, em um gabarito, sendo intercaladas por pequenos textos informativos sobre os quais o aluno deverá responder na etapa seguinte. De acordo com o comportamentalismo, esse procedimento permite que o ensino tenha uma progressão gradual, que respeita o ritmo de cada aluno tornando o processo de ensino e aprendizagem mais eficiente.
Skinner afirmava que o professor não só era dispensável, como também era um mau instrumento de ensino. Seu argumento fundava-se no fato de o professor, historicamente, trabalhar com grupos de alunos, não podendo acompanhá-los individualmente. Para esse autor a possibilidade de ensinar adequadamente, isto é, de modelar o comportamento do aluno exigia que esse aluno fosse tratado individualmente. E o professor, sendo um só, e centralizando a ação de ensinar na sua pessoa, não possibilitava essa situação individualizada.
É interessante assinalar que, ao contrário do que parece ao senso comum educacional, a idéia do ensino individualizado é de cunho empirista. E o movimento behaviorista (que na Educação foi reconhecido como “tecnicista”) tinha como “pedra de toque“ exatamente a individualização do ensino. Claro que quando se considera o conhecimento como originado do exterior, a tendência é se desvalorizar o sujeito. E na psicologia behaviorista não era diferente. O sujeito, apesar de operante (na visão do neobehaviorismo skinneriano), era visto como um ser moldável, bastando controlar-se às contingências de reforço. Portanto essa apologia do ensino individualizado não era no sentido de dar ao indivíduo oportunidade para manifestar-se e traçar seu próprio caminho, mas de condicionar-lhe a contento. Modificar o comportamento de um modo mais eficaz, atingindo, portanto, melhor os objetivos educacionais.
Diante de tais informações nascem os seguintes questionamentos: como o educando poderia estabelecer uma relação dialógica com uma das máquinas de ensinar de Skinner? Quando ele encontraria nesta máquina o referencial de humanidade, de profissionalismo e de intelectualidade que o educando busca em seu educador? Seria possível que no ensino individualizado o sujeito encontraria respaldo para preencher as lacunas humanas da afetividade e da emoção que são preenchidas na relação com os outros? De que forma o educando construiria seu conhecimento com o uso da máquina de ensinar e sem a presença do outro neste processo?
Sabe-se que desde muito cedo o ser humano necessita das relações com o outro, pois por meio delas é que ele se apropria das significações socialmente construídas, como diz Fontana (1997), ele “reconstrói internamente as formas culturais de ação e pensamento, assim como as significações e os usos da palavra que foram com ele compartilhados” (p. 61). Toda função psicológica se desenvolve em dois planos, entre os indivíduos, social e no indivíduo, individual, sua maneira de agir e pensar são resultados de sua apropriação das formas culturais de ação e de pensamento do seu meio. Sendo assim nota-se a relevância das relações entre os indivíduos e isto não é diferente na educação onde obrigatoriamente deve haver uma relação de diálogo onde se constroem juntos, professor e aluno, um contexto embasado na troca de experiências, na ascensão da curiosidade, na inquietação e na consciência do inacabamento.
Para Freire (1996), “o sujeito que se abre ao mundo e aos outros inaugura com seu gesto a relação dialógica em que se confirma como inquietação e curiosidade, como inconclusão em permanente movimento na História” (p. 136). O espaço escolar que fomenta e fortalece a relação professor e aluno em que há de fato esta abertura ao mundo e aos outros fomenta também a oportunidade de tornar esta abertura o objeto da reflexão crítica de ambos onde estabelece o repensar de suas práticas de suas falas. Neste processo de diálogo o educando não é moldado, mas auxiliado na construção de sua intelectualidade.

Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 33. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FONTANA, Roseli. Psicologia e trabalho pedagógico / Roseli Fontana, Maria Nazaré da Cruz. São Paulo: Atual, 1997.


*A autora é acadêmica do 8° período do curso de Pedagogia na
Universidade Federal de Rondônia.
Artigo acadêmico escrito em setembro de 2009.

O Sistema Bi-modal de Educação

Eliane de Alencar Ferreira
Silvânio Vizelli


Com a evolução das novas tecnologias, urge a necessidade dos professores repensarem sua prática didática. Aulas monótonas, onde apenas o professor fala e os alunos ouvem, já não satisfaz a clientela escolar. Para se ter uma aula de qualidade é necessário tanto um professor bem preparado, quanto uma sala confortável e bem equipada de recursos tecnológicos.
Em meio à crise educacional surgem novas propostas de inovação e mudanças. Uma dessas propostas é a do especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância: José Manuel Moram. Ele propõe o sistema de educação bi-modal.
O que seria esse sistema bi-modal? É o sistema de educação onde parte das aulas é presencial e parte à distância. Para que "o estudar" fique mais interessante, motivando assim seus alunos, é necessário que o currículo seja flexível, dando oportunidade para que o professor possa dar algumas aulas presenciais e outras em laboratório conectados à internet, onde os alunos possam fazer atividades de pesquisa e adquirirem o domínio técnico-pedagógico e outras atividades realizadas à distância.
Em um primeiro momento, o professor reúne a turma para se conhecerem e combinarem as tarefas. Os alunos devem ir para o laboratório para conhecerem os recursos tecnológicos e aprenderem como usar a internet de modo produtivo. Depois desse preparo, os alunos podem ser dispensados das aulas presenciais para fazerem os trabalhos propostos.
O professor deve ter competência para direcionar os trabalhos que os alunos irão realizar à distância. Os alunos irão pesquisar o tema proposto e no desenvolver do trabalho poderão se comunicar com os colegas e com o professor através da internet para trocar idéias e receber orientação. Depois da pesquisa é hora de produzir, ou seja, relatar os resultados através de textos, slides, etc., para apresentar à turma e publicar na internet.
Para que a aprendizagem seja significativa para o alunado é necessário também que haja uma relação entre teoria e prática. Quando é oportunizado ao aluno a teoria e a aplicação na prática, o aprendizado se torna mais enriquecedor. O sistema bi-modal com seu currículo flexível permite que o professor possa utilizar algumas aulas não presenciais para que os alunos possam aplicar os projetos que foram feitos por eles.
Os cursos presenciais são convidados a experimentar o sistema bi-modal para sair da monotonia e garantir assim a oportunidade dos alunos poderem utilizar os recursos tecnológicos e fazerem uma relação prática-teoria-prática, pois o currículo flexível, com aulas presenciais e não presenciais permite essa prática.
A integração entre o presencial e o virtual e a flexibilização do currículo para que os professores possam utilizar dessa prática inovadora pode vir a ser a chave para a grande mudança que todos esperam para resolver o caos da educação brasileira.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS





AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA NO BRASIL

*Por: Laudinéa de Souza Rodrigues
Sílvia Gabrielle Alcântara Maciel
Zenaide Moreira





INTRODUÇÃO
Atualmente o avanço tecnológico tem aumento de forma assustadora acarretando conseqüências em que cada vez mais o sujeito tem que se adequar as mudanças que emergem em seu contexto social. A nova ordem é que tudo seja muito rápido e prático. Não é necessário mais levantar do sofá para mudar o canal da televisão, escrever cartas à mão e nem mesmo escrever cartas.
Essa crescente onda tecnológica não fica de fora da Educação. A modalidade de Educação a Distância (EAD) se tornou procurada e valorizada, com isso, vem adquirindo impulsos positivos de transformação e aperfeiçoamento ao longo dos anos. Pessoas que não dispõem de tempo para se dedicar a aulas presenciais com carga horária extensa investem nas mais variadas opções da formação a distância.
A EAD sempre esteve vinculada no Brasil ao ensino técnico, desde a década de 40 com o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro. Depois ao ensino de adultos – os antigos supletivos – com os Telecursos. Nos últimos anos os cursos que mais crescem nesta modalidade de educação são os de especialização, tanto na rede privada quanto na pública.
Esta forma de ensino atende alunos individualmente, em pequenos e grandes grupos. Outra questão a ser mencionada refere-se a algumas vantagens dessa modalidade, como a flexibilidade de tempo e o fato de atender a muitos alunos.
Moran (2005) destaca como fator de reflexão os modelos de ensino mais utilizados que são:
• Aulas por teleconferência;
• Aula gravada e tutoria;
• Educação on-line;
Nesse prisma, necessário compreender que a avaliação da EAD no Ensino Superior não pode se dar descontextualizada dos processos de ensino aprendizagem de seu público, sendo mister dialogar acerca da avaliação.
Assim, a questão da avaliação tem suscitado um sem número de questionamentos acerca não só em relação à sua especificidade teórica, mas também por sua dimensão prática que sugere refletir seus contornos específicos da própria avaliação.
Destarte, emerge a necessidade de refletir os conceitos de avaliação e de EAD, instaurando o mote de diálogo desse breve ensaio.



AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA NO BRASIL
Assim, necessário enfatizar que os processos avaliativos em educação contemporânea não estão desconectados do contexto político que permeia a sociedade, traduzindo-se em ações que em sua grande maioria corroboram uma escola alicerçada no viés mercadológico e conseqüentemente do capital humano (SAVIANI,).
Nessa direção, evidente que os propósitos da avaliação explicitam os interesses de uma escola que não cumpre o seu papel educativo/social que seria oportunizar a sociedade “assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar” (FREIRE, 1997, p. 46).
Dessa maneira a avaliação escolar não consegue, em função do contexto político educativo, estabelecer uma análise asseridora das produções escolares, visto que os procedimentos utilizados delineiam atitudes classificatórias, como menciona Luckesi (1998):
A prática classificatória da avaliação é antidemocrática, uma vez que não encaminha uma tomada de decisão para o avanço, para o crescimento. Essa prática classificatória da avaliação confirma a nossa hipótese inicial de que a atual prática de avaliação do aluno é uma prática antidemocrática no que se refere ao ensino. E essa questão da prática classificatória da avaliação torna-se mais grave quando entendemos que um aluno pode ser aprovado ou reprovado por um contrabando entre quantidade e qualidade (1998, p. 77-8).

Diante desse contexto é possível afirmar que a avaliação da escola chamada “convencional” configura um desafio de muitas décadas em virtude da mesma estar dialeticamente ligada ao contexto político educativo que argumentei anteriormente. Dessa maneira, importante avançar esse ensaio no sentido de discutir a especificidade político-educativo da EAD no Brasil, enfatizando por opção teórica dois questionamentos que nortearão esse diálogo. O primeiro refere-se ao período de surgimento da EAD no Brasil, que remonta a “década de 40 com o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro, depois ao ensino de adultos – os antigos supletivos – com os Telecursos” (MORAN, 2005); o segundo diz respeito à associação dessa modalidade de ensino ao Estado.
Nessa perspectiva de entendimento, visualizando o período de emergência da EAD no Brasil é possível observar que essa modalidade de ensino inicialmente era ofertada por entidades particulares como o próprio Instituto Universal Brasileiro e os supletivos que não eram proposições da escola pública.
Outro fator, relevante de ser ressaltado, é o público preferencial desses cursos na época, ou seja, homens e mulheres que desejavam profissões técnicas a fim de ingressar rapidamente no mercado de trabalho, mercado esse que não conseguiu absorver essa mão de obra trabalhadora. Ainda nessa direção, inquestionável a divisão da sociedade em classes, uma vez que os bancos universitários destinavam-se a uma camada economicamente seleta, sendo os cursos na modalidade EAD voltados à camada daqueles que iriam compor os anseios da sociedade pré-industrial emergente no Brasil nos anos 40 (BUARQUE, 1994).
Em relação à assunção da modalidade EAD pelo Estado, em meados dos anos 60 era fato que o Brasil detinha em suas nuanças um mercado completamente esgotado, enfrentando a crise com a proposta de distribuição de renda para a minoria rica existindo a necessidade de preparação técnica de trabalhadores que serviriam a manutenção industrial do período. Diante dessa moldura social a população era pobre para consumir bens caros da sociedade industrial, a respeito disso Buarque referencia que “... fez-se uma minoria rica às custas do empobrecimento da maioria provocando uma desigualdade crescente. Na pobreza média geral, a economia de luxo para poucos exigiu uma sociedade no lixo para muitos” (1994, p. 39).
Nesse quadro indiscutível que a modalidade de EAD servia enquanto paleativo para justificar a “qualificação” de homens e mulheres trabalhadores, porém desempregados, confirmando o papel político da educação na sociedade brasileira.
Com isso, deslumbra-se que a EAD no Brasil emerge em meio a contornos sociais que caracterizam uma educação que desde os anos 40 serviu aos interesses de uma minoria dominante, configurando-se como instrumento de divisão social e aligeiramento de formação de mão de obra barata.
Atualmente a EAD assume dimensões grandiosas, assumida como uma proposição política estatal sendo disseminada não apenas em cursos técnicos, mas em cursos de formação em nível de terceiro grau, em sua maioria voltados para a formação na área de Ciências Humanas.
Dessa forma evidencia-se que o contexto político da década de 40 e do período atual não se configuram economicamente antagônicos, uma vez que o Ensino Superior aderiu uma proposição política cujo cerne conceitual é o de aumentar o número de vagas, aligeirar a formação com vistas à inserção rápida no mercado, bem como a simplificação dos processos avaliativos e pedagógicos, desse maneira, é possível concluir que a EAD configura um desafio de grande complexidade em função da caracterização do Ensino Superior no Brasil, já que os cursos presenciais enfrentam uma crise político pedagógica sendo questionado os níveis de intelectualidade produzidos pelos mesmos.
A EAD deve ser pensada em suas dimensões epistemológicas com intuito de não referendar uma armadilha política que servirá aos interesses de uma camada dominante que compreende educação como uma forma de manutenção de um status quo que traceja pinturas sociais que almejam uma educação diferenciada para os filhos dos ricos e uma educação populista para os filhos dos economicamente desprovidos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante desse quadro, configurado em dimensões de grande complexidade, pode-se inferir que a questão da avaliação da EAD no Ensino Superior está imbricada em fatores que não se diferenciam das modalidades educativas convencionais, pois as condições político-ideológicas de sua emergência caracterizam um projeto que, se não for intimamente aserido, poderá representar a manutenção de uma sociedade educacionalmente desigual, dividida em classes e propaladora de uma representação social coletiva que cria as expectativas de uma sociedade economicamente equitativa que jamais será alcançada.


REFERÊNCIAS
BUARQUE, Cristovam. A revolução nas prioridades: da modernidade técnica à modernidade ética. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1994.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 33. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1998.

MORAN,

SAVIANI,
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
CAMPUS JI-PARANÁ
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
PROF. Washington Roberto Nascimento


Educação a Distância no Brasil

*Por: Márcia Regina de Souza.

A Educação a Distância no Brasil de acordo com alguns relatos surgiu oficialmente no ano de 1904 com a criação das escolas internacionais privadas que ofereciam cursos pagos por correspondência através de materiais escritos, essas instituições tinham liberdade para escolher as metodologias e produzir os conteúdos pedagógicos para levar conhecimento educacional a pessoas que estava longe dos grandes centros urbanos e para atingir essa população utilizavam os correios para disseminar a educação.
Com a fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923 as instituições passaram a utilizar esse meio de comunicação para transmitir programas educacionais, o objetivo da EAD era formação e qualificação profissional. No decorrer da história surge o cinema e a televisão com programas educacionais, este segundo meio de comunicação é utilizado até hoje com sucesso, exemplo o Telecurso criado em 1978, pela Fundação Roberto Marinho para oferecer aulas pela emissora de televisão Globo para transmitir atividades didáticas e educacionais em horário flexível para pessoas com dificuldade em cumprir um horário formal no ensino presencial, e assim concluírem a escolaridade básica.
Essa modalidade de ensino não presencial, ou seja, o aluno não está fisicamente presente no ambiente formal de ensino, a aprendizagem acontece através dos meios de comunicação como correio, rádio, televisão, vídeo, CD-ROM, telefone, fax e internet e outros, e está regulamentado pelo Decreto nº 5.622 publicado no Diário Oficial da União em 20.12.2005 conforme o Art.80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96.
Mediante a Lei que estabelece o ensino a distância no Brasil houve novidades nos objetivos atual da EAD que é oportunizar um sistema interativo e agradável que ajude estudantes e profissionais a estudar e aperfeiçoar seus conhecimentos com horários flexíveis que se ajuste ao tempo disponível de cada pessoa, assegurando um ensino-aprendizagem de qualidade onde os materiais oferecidos são de fácil compreensão e disponibilidade da presença do monitor ou tutor no horário que o estudante dispor.
Desde que surgiu a educação a distância possui acusadores e defensores, pessoas que acredita que a falta do ensino presencial deixa grandes falhas na aprendizagem, onde o ensino se tornou industrializado, frágil e sem bases solidas, os que defendem enxergam a possibilidade do estudo direcionado através do tutor e dos materiais didáticos com uma independência importante para o aluno se tornar autodidata, ator e autor de suas práticas e reflexões como afirma Oreste Preti (1996).
Neste ponto de apoio ou não a EAD afirma Vygotsky (1977) “a interação social é a origem e o motor da aprendizagem e do desenvolvimento intelectual”. Vejo nesta afirmação a falta de apoio a EAD porque o pensador defende o desenvolvimento proximal que se aplica a educação infantil onde a criança atinge um nível de desempenho adequado no ensino-aprendizagem quando orientada por pais e professores. Na educação a distância falta a interação social por não haver encontros presenciais entre professor-aluno-aluno, e para Vygotsky aquele que aprende e aquele que ensina deve estabelecer uma relação interligada, porém atualmente essa interação acontece virtualmente o que para muitos é prejudicial visto que falta socialização e troca de informações didáticas.
Vejo essa afirmação valida porque a socialização traz grandes contribuições educacionais para os alunos, mas a educação a distância é uma realidade que oferecer flexibilidade de tempo e independência nos estudos através das novas tecnologias acessível para a aplicação do ensino-aprendizagem.

Acadêmica de Pedagogia

domingo, 15 de novembro de 2009

TENDÊNCIAS DA EDUCAÇÃO ON-LINE NO BRASIL PARA JOSÉ MANUEL MORAN


Acadêmicas: Claudineia Custodio, Marcia Regina e Marta Cristiana.

INTRODUÇÃO


No Brasil, a Educação a distância já é uma realidade, estamos avançando, mas ainda há muito a se fazer e planejar. A educação a distância está entrando na vida das pessoas e a cada dia com mais intensidade.
As universidades já olhando esse grande mercado, buscam oferecer este sistema de ensino, e estão se aprimorando para disponibilizar cursos em diversas áreas, visto que possibilita aos alunos maiores opções de escolha e também proporciona a flexibilidade de tempo e imposição de controle do ritmo de estudo.
As empresas por sua vez, estão se utilizando desse recurso como forma de atualizar e capacitar seus funcionários, com cursos totalmente on-line. E a educação a distância tendo a ajuda de tecnologias integradas e rápidas está alterando o conceito de presença e distância, se transformando em novas maneiras de ensinar e aprender.




TENDÊNCIAS DA EDUCAÇÃO ON-LINE NO BRASIL


Na educação a distância, há inúmeras possibilidades de combinar soluções pedagógicas, adaptadas a cada tipo de aluno, e as modalidades dos cursos são flexíveis, combinando tempo, espaço, metodologia e avaliação.
E com a chegada de software mais integrado com as preocupações pedagógicas, houve uma melhoria na qualidade do ensino, pois está focando os alunos e a aprendizagem, possibilitando atividades de grupo em fóruns, listas e chats, para proporcionar interação entre alunos, professores e o próprio conhecimento. Uma vez que existem pessoas que precisam do contato em parte presencial, para serem motivadas e estimuladas.
As instituições educacionais, estão preparadas para aulas ao vivo a distância, por teleconferência ou videoconferência, combinando interação via internet, e através de novas mídias conectadas. É uma realidade cada vez mais presente, que evolui de forma irreversível.
As tecnologias na educação se multiplicam e se integram, tornando-se mais audiovisuais, instantâneas e abrangentes e essas formas facilita o ver, o ouvir, o falar e o escrever, em qualquer momento e em qualquer lugar a custos menores, porém para minoria da população, porque para muitos ainda custa caro.
Segundo Moran (2005), a educação está cada vez mais complexa, porque a sociedade está se tornando mais exigente e necessita de aprendizagem contínua, inclusiva em todos os níveis e modalidades, tanto profissionais como sociais. Essa educação complexa, sai do espaço físico da sala de aula, para ocupar espaços presenciais, virtuais e profissionais, onde o professor passou a incorporar papéis de mediador, facilitador e gestor e os alunos individuais passam a incorporar o conceito de aprendizagem colaborativa, aprendendo, participando e contribuindo para uma inteligência mais coletiva.
Segundo pesquisa, a educação corporativa cresce muito dentro das empresas, e calcula-se que em poucos anos, as universidades corporativas vão ultrapassar as universidades tradicionais, possibilitando a tão sonhada integração escola-empresa.
Tanto na educação acadêmica como na corporativa é importante organizar o processo ensino-aprendizagem a cada tipo de cursos e a cada tipo de aluno. Quanto mais adulto e avançado no nível de aprendizagem, mais o aluno estará pronto para a aprendizagem individualizada ou colaborativa.
Atualmente disponibilizam-se cursos prontos para alunos individualmente, com instruções precisas, com materiais on-line, tipos PowerPoint, áudio e vídeos, porém esses cursos são planejados para aluno maduro, auto-suficiente e auto-motivado. Também oferece cursos para pequenos grupos onde é permitido que organizem atividades individuais ou em grupos, e em determinados momentos os alunos são incentivados por professores e orientadores, esses cursos são mais centrados na colaboração do aluno e pressupõe pessoas com maturidade, motivação e capacidade de aprenderem juntos. Já os cursos para grandes grupos, buscam atender muitos alunos ao mesmo tempo, e a televisão continua imbatível nessa modalidade. E por último, cursos on-line diferentes para situações diferentes, pelo motivo das pessoas aprenderem de forma diferente, algumas precisam de contato com outras pessoas, pois tem dificuldades de trabalhar sozinhas, apenas com o computador, enquanto outras são auto-dirigidas, com poucas indicações avançam.
O professor do futuro nesse contexto, será uma pessoal que terá multitarefa, poderá orientar muitos grupos de alunos e até alguns individualmente, em instituições variadas e em lugares diferentes, tudo isso ao mesmo tempo. Seu trabalho não será de exclusividade a uma instituição. Assim, também dará consultoria a empresas, realizará treinamentos e capacitações on-line, e poderá desenvolver e compartilhar pesquisas com outros colegas e instituições diferentes da sua, para haver troca de conhecimento e cooperação.
Para Moran (2005) a televisão no Brasil poderia ser mais utilizada, visto que é um meio de comunicação que a maioria da população dispõe. Em paises como a China e a Índia, essa mídia capacita milhões de alunos. No Brasil deveria ser associação a outras mídias, como a própria internet, onde um maior contingente seria alcançado.




CONCLUSÃO


Antes de estudarmos a disciplina Fundamentos e Prática no Ensino a Distância, pensávamos que essa modalidade de ensino, era algo frágil, sem conteúdo, uma forma apenas de se conseguir o diploma com facilidade em um curto espaço de tempo. Porém através dos estudos mais aprofundados e leituras sobre esse sistema de ensino, observamos o seu valor educacional, e que na verdade não é nada frágil ou fácil, mas muito sério e de qualidade.
Visualizando que será o sistema de ensino do futuro, as empresas já conscientes do seu valor e qualidade, estão aderindo essa forma de ensino, buscando assim o aperfeiçoamento e capacitação de seus funcionários. Dessa forma, todos têm a ganhar, tanto o funcionário que terá mais conhecimento, usando o seu tempo livre para estudar e a empresa que terá mais qualidade no trabalho da sua equipe.
E as instituições educacionais visando esses alunos, tem criado e oferecido cursos totalmente on-line, elaborados para alunos maduros e auto-motivados, esse modelo de curso é mais viável para adultos que já estão atuando em determinadas profissões e que querem evoluir em suas carreiras. Na busca de adquirirem mais conhecimento.
Existe também os cursos semi-presenciais, os bimodal, que são preparados para alunos que necessitam de contato pessoal, precisam de relacionamento com outros para serem motivados e estimulados. Esses alunos podem participar de salas de debates, fóruns e conversar com os professores, para tirar dúvidas. Tivemos a oportunidade de conhecer pessoas em nossa cidade que se beneficiam com esse sistema de ensino e manuseamos os materiais didáticos usados: livros, apostilas, Cds. Notamos que são bem elaborados, criativos e de fácil compreensão, o que contribui para o aprendizado e desenvolvimento dos alunos. Segundo elas, o fato de não terem tempo para estarem todos os dias em uma sala de aula, trouxe a oportunidade de adquirirem um curso de graduação, através desse sistema.
Assim podemos perceber que a tendência será de uma vasta oferta de cursos virtuais, elaborados para todos os tipos de pessoas. Haverá cursos prontos com autores consagrados, e materiais de excelente qualidade, o que proporcionará um auto nível de ensino neste sistema.
Acontecerá uma crescente procura por cursos à distância, com isso o autor imagina que haverá alguns problemas no futuro, um deles é que os cursos presenciais serão um luxo, poucos vão querer fazer, por causa do tempo e da duração dos cursos, e outro problema será que como haverá muitos investimentos na melhoria dos materiais didáticos oferecidos pelos cursos on-line, acabará se tornarão mais caro. Por conseqüência os cursos também ficarão mais caros.
Dessa forma, Moran (2005) defende a idéia de trabalho educacional interativo, ou seja, presencial e virtual, e que garanta uma aprendizagem de qualidade e significativa, onde haja uma integração do humano e do tecnológico; do racional, sensorial, emocional e do ético, onde será possível a interação da escola, do trabalho e da vida.




REFERÊNCIA


MORAN, José Manuel. Tendências da educação on-line no Brasil. 2005. http://www.eca.usp.br/prof/moran/tendencias.htm

quarta-feira, 11 de novembro de 2009


UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR
CAMPUS DE JI-PARANÁ
CURSO DE PEDAGOGIA – 8° Período
JANDIRA LIMA DA SILVA
KÉSIA DE OLIVEIRA VIEIRA
VIVIANE MARTINELLI






CONTRIBUIÇÔES – IMPORTÂNCIA DO EDUCADOR ON-LINE








Ji-Paraná
2009
JANDIRA LIMA DA SILVA
KÉSIA DE OLIVEIRA VIEIRA
VIVIANE MARTINELLI







CONTRIBUIÇÔES – IMPORTÂNCIA DO EDUCADOR ON-LINE

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Rondônia como requisito avaliativo na disciplina Fundamentos e Práticas em Educação á Distância. Ministrada pelo professor: Washington Roberto Nascimento.







Ji-Paraná
2009





SUMÁRIO

1 - Introdução ...........................................................................................................04
2 - Contribuições - Importância do Educador On-line..............................................05
3 - Conclusão.............................................................................................................08
4- Referência.............................................................................................................09














Introdução

Com as transformações tecnológicas um novo paradigma está sendo debatido na área educacional, no qual professores e alunos precisam se adaptar à velocidade que ocorre diariamente neste campo.
A educação está vivenciando um momento de mudanças, no qual vai sendo adquirindo novos métodos que proporcionam um ensino-aprendizagem de qualidade e mais abrangente do que a presencial.
Na Educação a Distância (EAD), os docentes estão assumidos múltiplos papéis, devido às novas tecnologias utilizadas para a informação. Aqui o professor precisar ser um orientador, para facilitar a aprendizagem dos alunos neste ambiente virtual.
O presente trabalho fala da contribuição do educador on-line, desenvolvimento de propostas pedagógicas e por último a utilização dos recursos tecnológicos.



















Contribuições - Importância do Educador On-line

Educação on-line pode ser definida como o conjunto de ações de ensino-aprendizagem que são desenvolvidas através de meios telemáticos, como a Internet, a videoconferência e a teleconferência, ou seja, utilizando-se das tecnologias, que é um termo muito amplo, que não compreendem somente aparelhos e máquinas sofisticadas chamadas tecnologias de ponta, mas sim uma infinidade de outros artefatos.
Não pode ser considerada educação on-line, aquelas realizadas por correspondências, sendo assim observa-se que nem todo ensino realizado a distância, pode ser considerado como on-line, ponderando que são utilizados meios ou recursos que não se enquadram como on-line.
Dentre muitas exposições que se faz importante referir no contexto da educação on-line, pode-se destacar alguns aspectos relevantes como: o papel do professor, as novas propostas pedagógicas que estão sendo realizadas de formas diferentes para situações de aprendizagem diferenciadas, a utilização dos recursos tecnológicos, como as instituições de ensino irão ou já estão se comportando frente a estas inumeráveis questões que estão surgindo com as novas modalidades de ensino. Especialistas em educação à distância fazem previsões que combinam aspectos positivos e negativos. Considerando o papel do professor on-line Moran (2003) diz:
Com a educação on-line os papéis do professor se multiplicam, diferenciam e complementam, exigindo uma grande capacidade de adaptação, de criatividade diante de novas situações, propostas, atividades. O professor on-line precisa aprender a trabalhar com tecnologias sofisticadas e tecnologias simples; com Internet de banda larga e com conexão lenta; com videoconferência multiponto e teleconferência; com softwares de gerenciamento de cursos comerciais e com softwares livres. Ele não pode acomodar-se, porque a todo o momento surgem soluções novas e que podem facilitar o trabalho pedagógico com os alunos. Soluções que não podem ser aplicadas da mesma forma para cursos diferentes.

Diante do exposto fica evidente que o professor não irá ser substituído por sofisticadas máquinas como se especulava a pouco, muito pelo contrário, o seu papel torna-se ainda mais complexo e permeado por responsabilidades que até então eram meio que deixadas de lado, tidas como dispensáveis e irrelevantes em alguns aspectos, o professor que não buscar qualificar-se não será capaz de sobreviver profissionalmente em meio a todo este aparato tecnológico, que a todo instante se desfaz e refaz, portanto precisam estar atento as inovações.


Desenvolvimento de Propostas Pedagógicas
As novas propostas pedagógicas que estão sendo realizadas por maneira diferente para situações de aprendizagem diferenciadas, fornecem principalmente ao aluno, a possibilidade de optar pela proposta que mais atenda as suas necessidades, realidade e acessibilidade. Enfim, tudo isto o favorece em muito desde, que este esteja interessado em aprender e adquirir conhecimento, porque nas instituições sérias, atendendo pouco ou muito alunos, encontrarão formas, meios e suportes, para que os mesmos não fiquem prejudicados na aprendizagem, tendo de fato um ensino e um aprendizado de qualidade, segundo Moran (2003):
As instituições sérias, mesmo quando têm muitos alunos, encontrarão formas de organizá-los para que consigam aprender com qualidade. As instituições que só buscam o lucro organizarão cursos prontos, com pouca interação e apoio, massificando o processo de ensino-aprendizagem, como acontece também no presencial. Tudo isto exige uma pedagogia muito mais flexível, integradora e experimental diante de tantas situações novas que começamos a enfrentar.

Existem instituições capitalistas, mas também existem outras que continuaram tendo como objetivo principal o ensino e a aprendizagem de qualidade, cabendo ao aluno a observância, a pesquisa de todos os aspectos da instituição de interesse, para assim fazer o investimento seguro.



A Utilização dos Recursos Tecnológicos
As novas tecnologias podem auxiliar alunos e professores neste fascinante processo de construção do conhecimento, através da comunicação, da busca, da organização e seleção da informação, onde juntos buscam compreender cada vez mais o atraente mundo da informação que a muito se faz presente, mais que recentemente descobriu-se a proporção das suas riquezas e da sua profundidade envolvente. Dessa forma a utilização do computador e da internet na sala de aula, pode em muito beneficiar no processo de ensino-aprendizagem, pois “o computador nos permite pesquisar, simular situações, testar conhecimentos específicos, descobrir novos conceitos, lugares, idéias. Produzir novos textos, avaliações, experiências”. (Moran, 2006, p.44). Tais recursos podem sim fazer do ensino algo mais dinâmico e inovador, mas sozinhos não são capazes de produzir mudanças profundas. É preciso atitude dos professores, que estes se empenhassem na sua formação continuada, objetivando dominar estes novos espaços, e conseqüentemente alcançar melhorias no ensino e na aprendizagem, através da utilização adequada não somente das consideradas novas tecnologias, mas também do vídeo, TV e CD-ROM, que são consideradas tecnologias ultrapassadas sem ao menos terem sido exploradas as suas formas de utilização.
Pode-se afirmar que frente aos inumeráveis problemas educacionais, o uso adequado das novas tecnologias digitais, iria de certa forma minimizar os estragos, mas é evidente que não resolveriam todos os problemas educacionais, pois estes não envolvem somente questões tecnológicas.








CONCLUSÃO

Todas as universidades e organizações educacionais, em todos os níveis, precisam experimentar como integrar o presencial e o virtual, garantindo a aprendizagem significativa. Precisamos vivenciar uma nova pedagogia do presencial e do virtual. Não temos muitas referências anteriores que transitem pelo presencial e pelo virtual de forma integrada. Até agora temos ou cursos em sala de aula ou cursos à distância, criados e gerenciados por grupos em núcleos específicos, pouco próximos da educação presencial. É importante que os núcleos de educação a distância das universidades saiam do seu isolamento e se aproximem dos departamentos e grupos de professores interessados em flexibilizar suas aulas, que facilitem o trânsito entre o presencial e o virtual.














REFERÊNCIAS
MORAN, José Manuel. Contribuições para uma pedagogia da educação on-line. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/contrib.htm. Arquivo capturado em 30 de outubro de 2009.

MORAN, José Manuel. MASETTO, Marcos T. BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação tecnológicas. 13ª ed. Campinas- SP: Papirus, 2007. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=i7uhwQM_PyEC&printsec=frontcover&source=gbs_navlinks_s#v=onepage&q=&f=false. Arquivo capturado em 30 de outubro de 2009.

Contribuição da Teoria de David Paul Ausubel para a Educação a Distância


¹Jéssica Sônya Medeiros


O autor David Paul Ausubel, defende a Teoria da Aprendizagem Significativa. Segundo ele, é fundamental que o aprendizado aconteça a partir de algo que faça sentido aos conceitos já existentes na estrutura cognitiva do aluno.
Nascido na cidade de Nova York nos Estados Unidos, em 1918, Ausubel foi educado em um ensino tradicional violento. Era filho de imigrantes judeus pobres, vindos da Europa Central na tentativa de escapar da perseguição e da miséria ocasionada por conflitos religiosos no final do século XIX e inicio do século XX.
Para ele a escola era um cárcere para meninos, devido à educação violenta que recebera numa época em que os judeus eram discriminados e marginalizados. Formou-se em Psicologia e se dedicou à educação criando a chamada Teoria da Aprendizagem Significativa.
Sua teoria é considerada avançada e tem influenciado na educação propondo uma abordagem pedagógica que valorize uma aprendizagem construída numa estrutura cognitiva, na interação da informação com o conhecimento prévio do aluno, este, precisa estar com seus conceitos bem estabelecidos para poder agregar as novas idéias e informações.
Segundo ele, para que ocorra uma eficácia no processo ensino-aprendizagem, é preciso que o educando passe por alguns desafios bem elaborados, estes devem estar interligados aos seus conhecimentos prévios através de uma mediação pedagógica estratégica, permitindo-o buscar outras fontes e também de aprender com os próprios erros e com a troca de conhecimentos entre outros agentes do processo educativo, gerando assim, uma aprendizagem mais significativa e colaborativa.
Percebemos que a educação esta se tornado cada vez mais complexa, e a sociedade capitalista vem exigindo profissionais capacitados, que possuam uma gama de conhecimentos diversificados para se manter no mercado de trabalho. O computador e a internet são meios de comunicação que estão ajudando a modificar e rever muitas formas de ensinar e aprender, contribuindo na educação como ferramentas de auxilio na construção de uma formação intelectual mais significativa. Com as TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), as limitações temporais e espaciais vem se rompendo, facilitando para um processo de ensino-aprendizagem mais amplo, dinâmico e democrático.
Vários paises já adotaram o sistema de aprendizagem via EAD, no Brasil a educação a distância vem ganhando mais espaço a cada dia com a utilização das novas tecnologias no âmbito educacional. Contudo, ainda há muitas especulações a respeito da qualidade do ensino a distancia, onde muitos vêem esse método com desconfiança, pois estão acostumados com o ensino tradicional. O que não se pode negar, é que a praticidade dos instrumentos digitais tem gerado um maior interesse nos alunos que passaram a se envolver mais ativamente no processo de aprendizagem, na hora e no local que preferirem.
Todas estas variáveis tecnológicas têm viabilizado aos métodos educacionais muitas vantagens, quando se trata de acelerar o desenvolvimento das habilidades intelectuais dos estudantes que se mostram mais estimulados e interessados. O que se vê na realidade é que as novas tecnologias estão servindo de facilitadores, ampliando as possibilidades na construção do conhecimento, seus resultados vão depender dos objetivos e do uso correto dos recursos utilizados das praticas pedagógicas.
Neste sentido, observa-se que a EAD considera os alunos de todas as realidades podendo contribuir para a realização de uma educação de qualidade e significativa, que proporcione uma interação entre o educador, o aluno e de contextos diversos, oportunizando relações dialógicas e criativas no contexto educacional, resultando em uma formação plena do individuo como cidadão.


__________________________
¹Jéssica Sônya Medeiros, é acadêmica do Curso de Pedagogia – V Período/ 2009, da Universidade Federal de Rondônia – UNIR – Campus de Ji-Paraná.


Artigo acadêmico escrito em setembro de 2009.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

NOVAS QUESTÕES QUE A EDUCAÇÃO ON-LINE TRAZ PARA A DIDÁTICA




POR

Juciane Martins
Leila Melo de Carvalho
Osvaldo Silva


INTRODUÇÃO

Sabe-se que hoje, muitas são as formas de adquirir conhecimentos e isso se dá, também, pelos avanços tecnológicos. A partir de tantas inovações, surge a necessidade de aprimorar o processo de ensino no mundo e desde muito tempo começam a surgir os meios de comunicação voltados para atender a educação, porém, somente nos últimos tempos, é que passam a fazer parte do processo de ensino-aprendizagem, o que chamamos de EAD, Educação à Distância. Timidamente esse veículo de ensino começou a ganhar grande espaço nas Universidades por meio virtual. Hoje, a EAD atende aos diversos públicos, que buscam graduações, pós-graduações e outras, de forma que esses são atraídos pela praticidade, a acessibilidade, e também a garantia de um estudo de qualidade. Porém, diante a tanta facilidade, encontra-se, na EAD alguns pontos negativos, por conta de alguns meios educacionais que não se atém ao objetivo de ser uma instituição, de fato, de excelência, assim como se espera das instituições totalmente presenciais.
Portanto, este trabalho tem o objetivo de apresentar algumas questões sobre a presença da Educação à Distância em nossa sociedade, como paralelo a educação presencial, as didáticas utilizadas em ambos os casos, e também suas funções positivas e negativas, dentro das inovações educacionais, provenientes dos avanços tecnológicos.


NOVAS QUESTÕES QUE A EDUCAÇÃO ON-LINE TRAZ PARA A DIDÁTICA

Com as novas questões, referente ao avanço das novas tecnologias e as práticas educacionais que nos colocam tanto na educação presencial quanto a distância, faz-se necessário analisar cuidadosamente o ensino aprendizagem ao qual nos encontramos hoje.
Como é citado no texto, hoje no Brasil, existem diversos cursos on-line de diferentes seguimentos. Alguns visam somente o lucro, massificando o acesso ao conhecimento, outros procuram qualificar e ampliar o aprendizado de seus educandos.
Não é fácil definir uma única forma de metodologia, pois para cada curso existe uma adequação nova e diferente. Dentro de cada modalidade de ensino, se transfere algumas concepções pedagógicas de aulas presenciais. Assim como no ensino presencial, também existem professores centralizadores. Porém, existem outras que reforçam o papel do aluno como transformador do seu próprio meio.
É importante que cada curso tenha sua própria identidade e que seu professor seja responsável para que seu grupo construa o conhecimento participativo e flexível na nova sociedade.
Com as novas tecnologias, ferramenta que auxilia o ensino a atingir diferentes locais do Brasil e do mundo, o professor pode fazer uma avaliação rápida e tirar dúvidas instantaneamente dos alunos.
Este tipo de educação oferecida pela EAD contribui também para o ensino presencial. Várias universidades estão iniciando uma flexibilização de aulas presenciais com atividades virtuais.
Já se caminha para algumas formas de organização no processo de ensino aprendizagem, onde se busca novos modelos que estejam de acordo com a necessidade de aprender continuamente.
Uma nova pedagogia de comunicação e gestão do presencial e do virtual precisa ser experimentada pelas universidades e organizações educacionais.
O professor on-line, precisa está capacitado para trabalhar com as novas tecnologias que cada vez estão mais sofisticadas. Não poderá acomodar-se em momento algum, para que quando surjam novas dúvidas, ele possa estar apto a respondê-las e a desenvolver novas propostas pedagógicas para diferentes situações de aprendizagem.
A Educação a Distância não é um curso oferecido pela internet com o objetivo de meramente “formar” ou “dar” certificados. Ela age como uma promulgadora de possibilidades. Através da EAD, são oferecidas palestras e videoconferências, nos quais ajudam a dinamizar a questão do ensino.
O aluno tem que assumir seu papel de verdadeiro educando que busca aperfeiçoamento intelectual e educacional.
As dificuldades existentes na aceitação da educação on-line, são de principal cunho na questão do aprender “indo” a sala de aula. E isto está entrelaçado com as raízes do ensino presencial. Por isso se exige inovação freqüente.
Tanto os professores quanto os alunos percebem que, a metodologia muito utilizada no ensino presencial, nem sempre tem suprido todas as necessidades educacionais.
É perceptível que a motivação tem que estar presente em todo o processo educativo, até mesmo diante às dificuldades encontradas nos dois âmbitos de educação.
Sabe-se que é visível a dificuldade de aceitação da EAD, no entanto, não se pode deixar de considerar que a Educação a Distância apresenta-se como uma alternativa viável de ensino que não pretende rivalizar com a educação presencial e muito menos substituí-la. A EAD, apesar disso, ainda é pouco explorada e uma das causas desse preconceito vem do seu surgimento ligado a qualificação de mão de obra.
Muitas vezes nos esquecemos que Educação a Distância significa, antes de tudo, educação. Assim sendo é oportuno que também se pense nela como processo de formação humana com toda a complexidade que isso implica. Junte-se a isso a importância dessa modalidade de ensino como direito a educação de todo cidadão.
Nesta modalidade de ensino há pontos positivos a destacar: a flexibilidade pelo qual alunos e professores se envolvem em situações de ensino e aprendizagem; os espaços e tempos compartilhados assíncrona e/ou sincronamente por meio da mediação proporcionada por diferentes tecnologias, especialmente pelas tecnologias digitais, mas também há alguns problemas, dentre eles o desafio para diminuir distâncias.
Apesar de existirem diversos suportes que atendem às necessidades educativas das novas tecnologias de informação e comunicação, há muito para ser mudar e fazer ainda. Da mesma maneira que em um curso presencial, na EAD há professores que escrevem para seus alunos, documentos tais como guias de estudo e de atividades, selecionam textos, bibliografias, planejam atividades em grupos ou individuais. O que vai diferenciar as duas modalidades de ensino é a qualidade do projeto apresentado. Em ambos os casos pode-se ter projetos de excelente qualidade ou o oposto por completo.
Quando falamos em qualidade queremos dizer que a qualidade de um projeto para EAD passa pelos predicados dos materiais produzidos e apresentados, por uma relação efetiva entre docentes e discentes, que não só respondem às perguntas formuladas, mas principalmente estimula que elas sejam feitas.
Nesse espaço idealizado para a EAD, o professor tem um espaço fundamental, e ganha ainda maior importância ao abandonar o papel de transmissor e verificador de conteúdos para desempenhar um papel de criador de situações de aprendizagem significativas e adequadas ao público de alunos, mobilizando-os para situações de aprendizagem que promovam a interação e resultem em aprendizagem.
Preparar os materiais didáticos, selecionar os conteúdos que serão tratados, atualizar os conteúdos adequando-os à época, conhecer seus alunos e avaliá-los na perspectiva de uma avaliação mediadora e não excludente, com vistas a atender individualmente os alunos que necessitam desse atendimento, verificar continuamente a eficácia do seu planejamento e fazer os ajustes necessários, estimular a troca no grupo de alunos, propor discussões, requerer e apresentar soluções para os problemas que surgem durante a realização do projeto são algumas das funções esperadas de um professor, quer seja para a modalidade presencial quer seja para a EAD.
Dessa maneira podemos afirmar que os fatores determinantes do valor da EAD são a qualidade do projeto pedagógico, a concepção de ensino aprendizagem adotada, a apresentação de objetivos adequados à proposta, a pertinência e atualidade dos conteúdos, a liberdade para buscar informações, a possibilidade de colocar e discutir problemas, as estratégias didáticas e a relação dialógica entre os participantes do grupo. Busca-se tudo isso e mais um pouco, pois a educação não deixa de evoluir e precisa-se unir aos meios que, indiscutivelmente, possam possibilitar essa evolução.

CONSIDERAÇÕES FINAIS


Partindo do princípio de que todos são chamados a formar-se ou especializar-se em algo que possibilite um futuro promissor, é importante perceber que tem-se muitas ferramentas educacionais prontas para atender a todos e propiciar o melhor em qualidade, dinamismo e excelência, uma delas é a Educação a Distância.
A principal meta da EAD é alcançar a todos pelo meio virtual, favorecendo a um público ainda maior, do que já é alcançado pela educação presencial, não para disputar, mas para propiciar a facilidade de poder ampliar ao estudos sem sair de casa, utilizando a didática de que o aluno é o protagonista e autônomo no processo de ensino-aprendizagem, e ainda mais, ter acesso aos diversos cursos oferecidos no Brasil todo com alcance nacional, com a garantia de benefício em todos os âmbitos esperados pela modalidade virtual.
Contudo, assim como tudo aquilo que é novo, a EAD tem encontrado alguns obstáculos de aceitação, nos quais incluem a falta de credibilidade, muitas instituições utilizam dessa ferramenta para adquirir somente fundos e não cumprem com objetivo final, muitas pessoas estão ligadas ainda ao modelo presencial, no qual possui um professor como intermediador de conhecimento, e outras situações, tem impossibilitado um avanço ainda mais rápido.
Sendo assim, acredita-se que, é preciso unir forças que possam desmistificar alguns desses conceitos errôneos sobre a Educação a Distância e principalmente tentar eliminar as instituições que agem com desprezo ao real objetivo que é levar a melhor opção de educação, acertando naquilo que é proposto e ampliando os conhecimentos que nos levam a viver aquilo que é apelo no mundo atual que se resume em inovação.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELLONI, Maria. L. Educação a distância. Campinas: Autores associados, 2001.

Educação a distância: uma articulação entre a teoria e a prática. PUC Minas Virtual, 2003.

Educação online, teorias, práticas, legislação, formação corporativa. São Paulo, Loyola, 2003.

OS MODELOS EDUCACIONAIS E COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM NA EAD
















POR:
ANA MARIA CLEMENTE
JONATAS DUARTE
MARIA JOSÉ DE CASTRO

INTRODUÇÃO

O conceito de Educação a Distância tem aumentado nos últimos anos. A conexão em rede está proporcionando ao aluno um contato maior com diversos programas de interação e conhecimento, entretanto são inúmeros grupos conectados formando uma plataforma de estudos on-line, pesquisando, debatendo e interagindo com colegas, trocando informações em um ambiente informal recheado de motivação. Este modelo educacional demonstra que o aluno não está no vazio, ou seja, sozinho, mas que por meio da EAD em rede se encontra ligado com diversos grupos de estudos, sendo que a internet oferece essa flexibilidade. Com este trabalho queremos levar ao conhecimento do leitor um pouco sobre o funcionamento da EAD (Educação a Distância). O caminho percorrido pela EAD proporcionou hoje a sua conexão em vários locais do mundo. São recursos oferecidos pela internet que dá ao aluno a facilidade de comunicação virtual, chats e outros. Para tanto, ao conectar o aluno ficará em meio a diversidades de materiais para seu uso e trocar informações com o outro lado da tela. A aprendizagem realizada por meio da internet está contribuindo para o acesso de muitas pessoas que não podem freqüentar o ensino regular, contudo o aluno necessitado de conhecimento encontrará neste modelo a porta de entrada para o futuro, pois o novo modelo on-line vem prometendo uma forte mudança no ensino, principalmente quando menciona o aluno como centro do aprendizado.

Modelos Educacionais e Comunidades de Aprendizagem na Educação a Distância


Como sabemos a Educação a Distância está disseminada pelo planeta é como uma espécie de vírus já bem incontrolável que parte da sociedade ou toda já se contagiou. Esse vírus nada mais é que, a internet, no entanto ela está sendo transmitida por rede onde as pessoas estão conectando e buscando uma aprendizagem mais flexível, pois são listas de discussões, programa de comunicação que unem a sociedade e esse modelo educacional representa uma interação a mais para os participantes, pois por meio da conexão em rede diversas comunidades se comunicam.
Para tanto, o ensino on-line é espalhado ao mundo, indo ao encontro do aluno em pólos distantes proporcionando um conhecimento informal. Como o ensino a distância não limita o aluno a relacionar com outros colegas e haver uma troca de conhecimento agradável e com muita interação, as escolas de ensino formal, também estão buscando desenvolver tais atividades, com intuito de criar nos alunos mais vínculos e assim motivá-los para o uso da tecnologia no aprendizado mais voltado para o conhecimento da pesquisa, da discussão, da leitura, enfim, contribuir a esses alunos a conquista da autonomia para que o aluno possa ter mais habilidades ao utilizar os meios tecnológicos e desse extrair apenas o néctar. Entretanto, a internet oferece inúmeros sites, mas nem todos são necessários para o nosso conhecimento.
Para que esse modelo de ensino aconteça com qualidade é necessário que o ambiente seja planejado para que os alunos se beneficiem a uma educação, na qual as pessoas se encontrem para interagir umas com as outras e objetivando troca de informações. Portanto, a comunidade virtual tem como foco o aluno, para que este participe de fóruns, discussão de tópicos específicos e absorver compromisso, propiciando ao mesmo uma aprendizagem mais flexível tanto pessoal quanto grupal.
Com efeito, os mecanismos utilizados para desenvolver esse modelo de ensino são realizados através de videoconferências, chats, webcam e nesse sentido tornar dinâmica as aulas e além desses mecanismos tem um professor tutor presente que irá preparar juntamente com os alunos atividades para interagir com outros pólos por meio de chats. A comunicação entre os alunos são apresentadas na rede educacional (virtual) que no momento se encontram on-line com o mesmo propósito. Desta forma os alunos têm o privilegio de fazer comparação de como está sendo o seu desenvolvimento de aprendizagem para com os demais colegas espalhados pelos outros diversos pólos no país. Porém, fica claro que não há isolamento, sendo que o professor-orientador se incumbirá de criar laços afetivos.

“A motivação é uma pré-condição para a aprendizagem.”
Gagné.

A motivação é importante em qualquer tipo de planejamento focado pelo indivíduo. No campo educacional não é diferente, pois a ação educacional se torna central e com isso o aluno precisará ter autonomia para saber escolher o que deseja estudar. Para tanto, Gagné esclarece em uma simples frase todo o início de uma longa jornada, desta feita com cautela e acerto dará ao aluno, condições de desenvolver um ensino aprendizagem com qualidade e eficácia.
Com o crescimento da EAD no Brasil com aulas on-line, tele-aulas transmitidas por satélites ao vivo, tutoria presencial e outros requisitos o aluno central dessa preocupação, logo estará munido de motivação para realizar suas atividades e trocar conhecimentos numa plataforma virtual rica em conteúdos e outros. Diante de todos esses aparatos a EAD proporciona ao aluno um modelo atraente e equipado capaz de estabelecer no aluno a construção social, como diz Fontana (1997), ele “reconstrói internamente as formas culturais de ação e pensamento, assim como as significações e os usos das palavras que foram com ele compartilhados” (p.61). Por meio dessa interação, o indivíduo aluno estará adquirindo mais conhecimentos e nas experiências compartilhadas aprender a conviver com as diversidades presente em cada meio cultural.


MODELOS HÍBRIDOS ON-LINE

Trata-se de cursos diferenciados que utilizam e combinam o conteúdo a uma diversidade metodológica, que por sinal são muito bem empregados e direcionados de forma a produzir um auto-empenho e uma flexibilidade favorável para pessoa que por questões variadas, seja de trabalho ou saúde ou geográfica, não dispõe de muito tempo fixo ou acesso a aulas presenciais em instituições de ensino. No entanto, torna-se o recurso favorável e viável a todos que deles precisam para ampliar seus conhecimentos, diante do progresso global, pois a realidade como, questões políticas, sociais e econômicas, exige e facilita uma nova interação grupal e social de estudos via-oline.
Com efeito, aos alunos necessitados de estudo e pouco tempo para este, tem neste modelo a facilidade de obter conhecimento e formação na área que desejar tornar se profissional.

VANTAGENS

A autonomia de escolha e a liberdade oferecida no campo da EAD chamam a atenção para um sistema de ensino de qualidade que auxilia o aluno a buscar conhecimento utilizando a conexão on-line e assim infiltrando no mundo da pesquisa. Entretanto, os recursos disponíveis facilitam o entrosamento dos alunos na troca de informações, esclarecimento de dúvidas e outros.
Assim, com tais modelos e vantagens o ensino a distancia só tem a ganhar e o aluno usuário saber fazer uso dos recursos oferecidos, para tanto a formatação destes modelos centrados no aluno e na aprendizagem incluirá o uso freqüente de tecnologias conectadas, móveis e multimídia para grupos pequenos e grandes. Sendo que esses modelos podem ser semipresenciais ou on-line o controle das atividades pode ser realizado também por um portfólio feito pelo aluno e neste irá constar o seu desenvolvimento, seu aprendizado no decorrer da disciplina.
Com esse avanço, a briga pela formação, valores de acordo com as finanças do indivíduo, qualidade dos cursos a EAD já está no caminho da multiplicação.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Parte da sociedade procura um sistema de ensino que ofereça facilidade para a sua realização, no entanto o ensino a distância chegou e está dando ao aluno esse privilégio. Tanto no trabalho ou em casa o aluno pode realizar atividades on-line conectando com outros grupos por meio da internet.
Fica claro que o aluno realmente é o foco do ensino e o professor motivador e organizador das atividades, proporcionará ao aluno debate, pesquisa, leitura e outras atividades necessárias para o desenvolvimento da aprendizagem. O ambiente é voltado para o bem estar do aluno, onde o acesso aos conteúdos e materiais fica disponível e até mesmo o professor responsável pelas disciplinas.
No campo presencial há também uma preocupação quanto ao uso desses recursos, devido à motivação que esse provoca, entretanto algumas escolas presenciais estão utilizando esse recurso, (virtual, plataforma, chats e outros) com intuito de despertar o aluno para o campo da pesquisa.
Com efeito, a nova geração está caminhando para o mundo digital a passos largos, a sociedade exigindo qualidade no campo do ensino, o profissional tendo que se especializar cada vez mais, então a EAD dona da conexão, fazendo da internet a socialização das pessoas, nada mais justo, está levando ao indivíduo a interação em compartilhar conhecimentos.


REFERÊNCIAS

FONTANA, Roseli. Psicologia e Trabalho Pedagógico / Roseli Fontana, Nazaré da Cruz. São Paulo: Atual, 1997.

ALAVA Séraphin (Org.). Ciberspaço e formações abertas: rumo a novas práticas educacionais?. Porto Alegre: Artmed, 2002.
AZEVÊDO, Wilson. Muito Além do Jardim de Infância: temas de Educação On-line. Rio: Armazém Digital, 2005.
BARBOSA, Rommel M. (Org.). Ambientes virtuais de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2005.
ALMEIDA, Elizabeth Bianconcini de. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM, 2002.
KENSKI, Vani. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, 2007.
LEVY, Pierre. A Inteligência Coletiva. São Paulo: Editora Loyola, 1998.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A DIFUSÃO DA INTERNET E O AVANÇO DO ENSINO A DISTÂNCIA - JOEL VERÍSSIMO DA ROCHA

Com a difusão da internet os hábitos e comportamentos da sociedade sofreram grandes mudanças, pois, antes as pessoas precisavam sair de suas casas para buscar informações, hoje as informações estão disponíveis com fácil acessibilidade. A internet tornou o maior veiculo de comunicação em massa, através dela as pessoas se mantém informadas sobre as principais notícias do mundo em tempo real.

Diante desse contexto, a educação não poderia deixar de se utilizar dessa ferramenta, que se tornou indispensável no desenvolvimento da aprendizagem. Através dela as distâncias deixaram de ser um problema, onde com baixo custo é possível acessar e conhecer diversos livros em bibliotecas virtuais, além de se comunicar com outros estudantes de qualquer parte do mundo que estejam conectados a web.

Os recursos como: os e-mails, as teleconferências e os blogs têm sido eficientes na elaboração e aplicação de aulas, facilitando a aprendizagem e diminuindo a distância existente entre alunos e professores. Além disso, a Internet tem revolucionando o modelo de educação existente, principalmente nos cursos de graduação e pós-graduação.

A EaD, tem sido o marco inicial de um novo modelo educacional nas universidades. O estudante da atualidade que cursa EaD não é mais um estudante solitário como acontecia antes da internet, onde ele recebia os materiais, lia, respondia os questionários e devolvia via correio, e caso surgissem dúvidas não tinha facilidade para esclarecê-las.

Época em que era quase impossível um estudante freqüentar um curso de graduação sem sair da sua localidade, pois, geralmente esses cursos eram presenciais e estavam localizados nos grandes centros urbanos. Hoje com a difusão da EaD via Internet, é possível ver estudantes de lugares remotos aprendendo com os mesmos materiais e qualidade das grandes cidades.

Hoje a modalidade EaD esta totalmente transformada, pois os estudantes podem interagir com professores e alunos, trocar experiências, tirar dúvidas, ampliando seus conhecimentos em tempo real. Esse novo modelo educacional cresce a cada ano, como é demonstrado em matéria da Revista Veja de 03 de dezembro de 2008, intitulada “Estudo longe da sala de aula”, onde relata que no Brasil essa modalidade cresce 40% ao ano.

É por esses motivos, que a EaD deve ser considerada como um mecanismo permanente e alicerçado dentro da sociedade, que a cada ano vem se consolidado e facilitando a formação daqueles alunos que necessitam de curso de graduação ou pós-graduação, mas não tinham condições de freqüentar a universidade tradicional.

É importante lembrar que todas essas facilidades devem ser encaradas com responsabilidade e ética por todos. Pois diante de um vasto material disponível e grande flexibilidade na busca é importante que a escolha seja gerenciada com finalidade pedagógica e os princípios educacionais não devem ser deixados de lado em busca de uma satisfação pessoal.

A EaD hoje é uma realidade e tem como base a legislação brasileira que garante no art. 80 da LDB - Diretrizes e Bases da Educação Nacional que “O pode público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação continuada.” Esse avanço se deve a grande demanda, pois as exigências do mercado de trabalho globalizado estimularam a busca de conhecimento, não somente para aqueles que buscam o primeiro emprego, mas também na manutenção e permanência do mesmo.

Entretanto, para que o progresso da EaD continue como fator positivo, é de suma importância que o estudante tenha comprometimento, ética e disciplina, assim como as instituições de ensino que oferecem esses serviços deverão ser avaliadas constantemente. Esses fatores farão com que a aprendizagem não perca a qualidade e ao mesmo tempo essa modalidade possa continuar amenizando as injustiças sociais, pois mesmo que na maioria dos casos não seja gratuito, é flexível quanto aos horários, custo e acessíveis mesmo fora dos grandes centros urbanos.


Referências

BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Ed. Senado, 2007.

COSTA, Camila. Estudo Longe da Sala de Aula. Veja. São Paulo, edição 2093. dez. 2008

* Acadêmico do 8º período de Pedagogia.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Educação Inovadora Presencial e à Distância

Acadêmicas: Eliane Conceição, Keila Trevizane e Uátia Tânia.

Vivemos num mundo de intensas transformações em que a sociedade e o mercado de trabalho se modernizam constantemente. Com isso estabelece um grande desafio para nossa educação basicamente tradicional, que é o de incluir progressivamente nos cursos presenciais os recursos tecnológicos modernos. Estes já estão sendo incorporados gradativamente na modalidade de educação à distância e que comprovadamente trouxeram grandes benefícios para a mesma.
Em breve veremos a fusão entre os cursos presenciais e a educação à distância, visto que os mesmos estão cada vez mais semipresenciais. Eles terão disciplinas parcialmente e outras totalmente à distância. Entendemos que essa integração entre o melhor do presencial e as facilidades do virtual é a garantia para uma aprendizagem significativa.
Para que a aprendizagem seja eficaz em ambientes virtuais é necessária uma dedicação maior do professor, mais tempo de preparação e principalmente de acompanhamento. Já para os alunos há um ganho grande de personalização da aprendizagem, de adaptação ao seu ritmo de vida. Como nem sempre é possível reunir os alunos em horários predeterminados, o professor pode organizar também discussões gerais ou grupais no fórum. Os fóruns de grupos podem ser abertos a todos ou só para cada equipe, dependendo do grupo e da atividade. O importante é que os grupos participem, se envolvam, discutam, saiam do isolamento, um dos grandes problemas da educação a distância até agora.
Esses chats e fóruns permitem contatos à distância que podem ser úteis, mas não podemos esperar que só assim aconteça uma grande revolução. Hoje a possibilidade que temos de troca no presencial é muito maior que no virtual (embora não aproveitemos, em geral, o seu potencial). Com o avanço da banda larga, ao ver-nos e ouvir-nos facilmente, poderemos nos aproximar e sentir melhor o contato com os outros, que estão em diversos lugares.
O conceito de curso, de aula também está mudando. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço serão, cada vez, mais flexíveis. O professor continuará "dando aula", de uma forma menos informativa e mais gerenciadora, utilizando as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula, receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão etc. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos poderão estar motivados, se entenderem a “aula” como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
Uma das ferramentas mais importantes da Educação a Distância (EAD) é a internet, sua facilidade tem aproximado as pessoas através das conexões on-line, em tempo real, fazendo com que o professor mesmo a distância possa orientar seu educando. A internet também favorece a pesquisa rápida e eficiente e garante maior rapidez na troca de informação entre os estudantes. As ferramentas de comunicação virtual até agora são predominantemente escritas, caminhando para ser audiovisuais.
Começamos a ter acesso a programas que facilitam a criação de ambientes virtuais, que colocam alunos e professores juntos na Internet. Programas como o WebCT, o Blackboard, o Eureka, o LearningSpace, o Aulanet, o FirstClass, o TopClass, o Universite e outros semelhantes permitem que o professor disponibilize o seu curso, oriente as atividades dos alunos, e que estes criem suas páginas, participem de pesquisa em grupos, discutam assuntos em fóruns ou chats. O curso pode ser construído aos poucos, as interações ficam registradas, as entradas e saídas dos alunos monitoradas.
Pela avaliação feita com os alunos, vale à pena utilizar ambientes virtuais como ampliação do espaço e tempo da sala de aula tradicional, mas não são uma remédio para a aprendizagem nem substituem a necessidade de contatos presenciais periódicos. Equilibrando o presencial e o virtual pode obter grandes resultados a um custo menor de deslocamento, perda de tempo, e de maior flexibilidade de gerenciamento da aprendizagem.
Não esquecendo que o papel do professor se amplia significativamente: Do informador, que dita conteúdo, se transforma em orientador de aprendizagem, em gerenciador de pesquisa e comunicação, dentro e fora da sala de aula, de um processo que caminha para ser semipresencial, aproveitando o melhor do que podemos fazer na sala de aula e no ambiente virtual. É um desafio aprender a gerenciar o processo de aprendizagem com alunos conectados pela Internet, tanto na educação presencial como na educação à distância.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O QUE É UM BOM CURSO A DISTÂNCIA?

CONCEIÇÃO APARECIDA

ELIANE CALDEIRA

JAQUELINE R. DE MATOS

WESLEY G. MARTINS


INTRODUÇÃO


A educação brasileira está se adaptando às necessidades da sociedade, e o principal desafio é a adequação às grandes modificações sociais, culturais e econômicas criadas pela explosão das novas tecnologias. Nesse sentido, inovar é indispensável e urgente, mas não se trata de adaptar a educação às tecnologias, e sim iniciar um novo momento de aprendizado.

Este novo momento de aprendizagem requer do profissional dedicação e quebra de paradigmas, uma vez que o recurso tecnológico ainda é visto como algo à parte. A evolução ocorre, esse é o processo natural das coisas, há uma grande diferença entre a realidade do século XIX para a do século XXI e tudo tem por base a educação, é essa que alavanca o processo da evolução e do desenvolvimento das coisas e cabe ao professor essa minuciosa tarefa. Muitas escolas já estão equipadas para fazer uso da nova filosofia de ensino e aqui situa a função-chave de uma escola reinventada, aquela que vai dar estrutura a um mundo de diversidade, irá fornecer os contextos e saberes de base para uma autonomia de sucesso nesse mundo, e ministrar as respostas humanas compensatórias de que a escola dos nossos dias tem que encarar esse processo evolutivo sem questionar a eficiência do antigo e nem desfazer da eficácia do novo.

O mundo moderno vive em constante transformação, e a tecnologia inserida em seu cotidiano se fez processo irreversível pelo fato de que a educação a utiliza como um dos seus principais instrumentos no que se refere à Educação a Distância - EaD.

A disputa e a competitividade do mercado de trabalho exige que o indivíduo mantenha-se atualizado e possua uma formação que o qualifique para encarar os desafios atuais, dentro da profissão que este tenha escolhido. As dificuldades encontradas por muitos no que se refere a tempo disponível ou acesso a escola, faz com que a EaD se torne fundamental para a execução de uma política educacional que permita a inserção dessas pessoas na escola.

A modalidade de Ensino a Distância vem ao longo dos anos sofrendo inúmeras críticas e passando por transformações. As opiniões se divergem. Há pessoas que acreditam que a EaD é um meio viável de promoção do conhecimento e erradicação das desigualdades que ainda estão presentes na educação, em contrapartida há quem desacredite de sua eficácia e qualidade. Diante de tantas controvérsias, fica a interrogativa: o que seria um bom curso a distância?


EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, OS PRÓS E OS CONTRAS


O estudo abaixo mencionado é de acordo com Samuel Pfromm Netto, professor (aposentado) da USP, em uma conferência proferida no CIEE, São Paulo, em 27 de setembro de 2005. Ele menciona a longa história do ensino a distância, que começou no primeiro século da era cristã com São Paulo, o Apóstolo, o pioneiro dessa modalidade de ensino sem a presença viva do professor.

Paulo difundiu o cristianismo por meio de cartas que trocava com as nascentes comunidades cristãs daqueles tempos. Lembramos aqui, as palavras de Paulo Freire, “Entendemos que, para o homem, o mundo é uma realidade objetiva, independente dele, possível de ser conhecida. É fundamental, contudo, partirmos de que o homem, ser de relações e não só de contatos, não apenas está no mundo, mas com o mundo. Estar com o mundo resulta de sua abertura à realidade, que o faz ser o ente de relações que é.” A pergunta é o seguinte: Tem o Brasil de hoje real necessidade de ensino-aprendizagem à distância? Tem-se, sobre o quê e para quem? Ministrado por quem? Sob quais condições e com quais mecanismos de controle de qualidade e avaliação? Não custa nada lembrar que nós, brasileiros, somos filhos da Europa. Somos filhos de Portugal, como sociedade organizada e civilizada. Acontece que herdamos a fragilidade da educação formal dos nossos avós d’além-mar. No começo do século passado, apenas um quarto da população portuguesa adulta era alfabetizada. Em meados do século, a taxa de analfabetos em Portugal era mais ou menos a mesma que a do Brasil. Isto contrastava de maneira flagrante com a situação existente nos principais países civilizados. Há cem anos ou mais o analfabetismo estava praticamente extinto no então Império Germânico, no Japão, na Dinamarca, na Suíça, na Suécia... Em contrapartida, eram alarmantes os índices de analfabetismo nos países latino-americanos, durante a maior parte do século XX. O Brasil não constituiu exceção a essa regra.

A expansão desta modalidade de EaD, é uma realidade do nosso tempo e o seu aperfeiçoamento é fundamental para o bom desenvolvimento. No entanto devemos analisá-la sob dois contextos, o ideal e o real.

Não podemos negar que existem excelentes escolas de Educação a Distância, com professores preparados, com objetivos definidos, conhecedoras do perfil do aluno, que analisa conteúdo pedagógico e o respeita ao longo do curso, se preocupando em como transmiti-lo, buscando formas eficientes de avaliar o aluno e verificar se de fato houve assimilação e conseqüentemente aprendizado.

Em contrapartida existem EaDs que visam somente lucro. O principio básico da educação escolar, que é o de ensinar, foi substituído por uma visão financeiro. Nessas pseudo instituições de ensino não se vendem o conhecimento, mas sim diplomas, vazios e sem conteúdos.

Na educação a distância brasileira, há de se lamentar a displicência com que tem sido trabalhada a problemática do conteúdo específico que é objeto de ensino-aprendizagem. Situa-se aqui um dos mais graves problemas da educação a distância brasileira. Ponha lixo conteudístico num programa de EAD e os alunos engolirão lixo. Conteúdos destinados ao preparo ou à reciclagem de professores podem ser astuciosamente trabalhados para seduzi-los com anacronismos, meias-verdades, concepções estapafúrdias e propostas metodológicas sem qualquer fundamento em pesquisa científica séria que garanta sua eficiência. No que respeita a conteúdo, a lição internacional nesse sentido é, primeiro, recorrer a experts com domínio exemplar do conteúdo a ser ensinado e aprendido. Em segundo lugar, não basta contarmos com poços de saber. Um profissionalismo em “design” instrucional se impõe aqui, para a análise psicopedagógica desse conteúdo e a otimização da sua apresentação, em seqüências lógica e psicologicamente estruturadas de maneira a facilitar a trajetória de aprendizagem do estudante.

Sem dúvida alguma a EaD é uma modalidade de ensino que veio como uma alternativa dentro da Educação, dando oportunidades às pessoas sem condições físicas ou tempo hábil para freqüentar uma sala de aula dentro do método presencial e convencional.

No entanto, esse tipo de educação sempre esteve cercado por criticas, ora favoráveis, ora desfavoráveis, pois em nossa sociedade a democratização de oportunidades ainda é um desafio.

Infelizmente o que se constata em não poucos programas de ensino a distância disponíveis é um simples amontoado de informações. Desde tempos remotos sabe-se que aprender não é simplesmente ser exposto a informações – e pior ainda, quando estas são semânticas, visual e seqüencialmente mal estruturadas.

Ensinar bem física, química, matemática ou língua portuguesa não é fazer algo como propaganda de lojas, sabonetes ou automóveis ou produzir uma telenovela.

Dentro da política governamental que prega “educação para todos”, a EaD se apresenta como uma proposta facilitadora para esse fim, haja vista a acessibilidade que ela oferece, pois sendo flexível permite ao aluno escolher quando e onde estudar e essa modalidade de ensino deve conter recursos que desenvolva no aluno o interesse pelo curso escolhido, promovendo debates em salas virtuais e facilitando seu contato com o professor, pois o fato de estudar quase sempre sozinho é fator determinante para a desistência do mesmo e infelizmente comete-se reiteradamente o erro de pensar que, em ensino a distância, basta meia dúzia de pessoas inexperientes e mal remuneradas para fazer ensino à distância de boa qualidade. Pior ainda: há até quem acredite que uma só pessoa pode fazer tudo. Essa caricatura cabe aqui, para sublinhar o ponto central: não há ensino a distância de baixo custo. Os custos são elevados, não só em virtude das tecnologias envolvidas, mas principalmente porque é necessária uma equipe bem numerosa, de profissionais qualificados, bem experiente e bem remunerada. Chega a ser tenebroso fazermos ensino a distância com professores e profissionais de mídia mal pagos, despreparados e em pequeno número. Queiramos ou não, aplicam-se ao bom ensino a distância os mesmos princípios, as mesmas exigências, que as indústrias de médio e grande porte conhecem e levam em conta no fabrico de seus produtos. Não esperem jamais que meia dúzia de trabalhadores famélicos e despreparados façam um Boeing. Se estes conseguirem fazê-lo, é fatal que o avião caia e mate muita gente. As coisas não são diferentes, em educação a distância. O custo per capita do aluno da educação a distância pode ser incrivelmente baixo, tanto menor quanto maior é o número dos estudantes que dele se beneficiam. Mas o custo real da criação e do funcionamento de bons cursos a distância tende a ser elevado. Como tudo neste mundo, desconfiem dos barateiros da vida e voltem às costas para eles.

Podemos, portanto, afirmar, que boa parte da nossa população não se insere no mundo das pessoas capazes de ler e escrever corretamente. O quadro se torna mais grave quando consideramos que ao analfabeto ou semi-analfabeto é vedado por inteiro o acesso a informações, conhecimentos e procedimentos que dependem do domínio adequado da tríade ler-escrever-contar, assim como aos de natureza científica e tecnológica, econômica, política, geográfica, histórica, etc. É duro demais reconhecer que nós, brasileiros, somos uma ilha de pessoas com grau pelo menos médio ou razoável de cultura, em meio a um oceano imenso de ignorância. Duro demais, mas indispensável, se desejamos encarar com objetividade os imensos desafios de escolarização que o país precisa enfrentar, nesta década e na próxima, para superar de uma vez por todas essa indigência cultural, cientifica, cívica e profissional de grande parte da nossa gente. Necessitamos sim, de educação à distância, a fim de minorar esse quadro acabrunhante da realidade educacional brasileira nos dias que correm.

Educação à distância, em poucas palavras, quer dizer fornecimento de programas educacionais a estudantes fora das escolas. Professores e alunos, neste caso, não se encontram no mesmo local, para fins de ensino e aprendizagem e um dos itens favoráveis da EaD é a de proporcionar às pessoas que moram em locais que não tem uma universidade ou mesmo em regiões distantes, de difícil acesso, a possibilidade de estudar e conseguir um diploma.

O aluno da EaD, sendo consciente da sua opção de estudo e responsável, terá diante de si um mundo de informações, oferecidas pelo computador através da internet. E a instituição responsável por esta modalidade de ensino que for consciente de seu papel e responsável por ele, deverá orientar o aluno por caminhos através dos quais ele encontre apenas sites de confiança e que de fato lhe seja útil.

Deve-se ter a consciência de que a EaD não veio para substituir a escola convencional, mas sim se somar a ela, oferecendo maneiras diferentes de adquirir conhecimentos.

A evolução tecnológica tem oferecido ferramentas para que se produza uma boa EaD, e os responsáveis por ela devem conscientizar-se de que somente através da educação o mundo evoluirá, e essa modalidade poderá auxiliar nessa evolução.

É obvio que existem muitas outras fontes recentes de informações a este respeito, que podem ser identificadas por meio da internet, mas merece um destaque especial os cursos a distância por correspondência, podemos citar como exemplo a série de volumes anuais do Peterson’s distance learning programs, assim como o Peterson’s the independent study catalog que são eficientes cursos a distância por correspondência nos EUA.

Os que se debruçarem sobre essa literatura verão, primeiro, que educação a distância tem sólidas raízes fincadas em cursos por correspondência, em “home study schools” que existem desde o século XIX na Europa e na América do Norte, mas há notícia de iniciativas ainda mais antigas, como um curso de taquigrafia à distância ministrado em Boston (EUA) nos longínquos idos de 1728. O surgimento, primeiro, do cinema, ainda no século XIX, e já no século XX, das gravações sonoras, do rádio, da televisão e das gravações em videoteipe e em CD, fez com que o significado da denominação educação a distância passasse cada vez mais a ser associado à tecnologia eletrônica.

Conforme Mário Sérgio Mafra, professor de filosofia “O importante é que se construa a educação à distância como um sistema que possibilite atendimento de qualidade, acesso irrestrito a todos quantos dele necessitem, principalmente porque se constitui uma forma inquestionável de democratização da educação, do saber, do conhecer, do questionar, do participar, da perspectiva do exercício consciente da cidadania”.

Os alunos comprovadamente aprendem o que é ensinado à distância. No mundo inteiro, EAD de boa qualidade depende de três componentes essenciais: o conteúdo a ser ensinado e aprendido, o envolvimento do aprendiz por meio de perguntas ou atividades a serem executadas e fornecimento de “feedback”, de conhecimento de resultado. Além disso, é necessário levá-lo a fazer generalizações e discriminações, a formar conceitos, a lidar com exemplos e contra-exemplos, a assimilar conhecimentos declarativos e procedimentos. Boa EAD depende de bom “design” instrucional.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Levando em consideração o grande número de escolas que oferecem cursos à distância, fica evidenciada a necessidade de se lançar um olhar mais atento e crítico em relação as que oferecem a EaD. A diversidade de instituições que oferecem atualmente esse curso, visando somente lucros é muito grande, infelizmente para alguns a educação virou comércio ou um meio de vida.

Sabe-se que um bom curso, seja presencial ou à distância, deve ter por princípio bem definido sua proposta filosófica de ensino e não fugir dela. Para José Manuel Moran (2001), um bom curso a distância deve ter: professores inovadores, qualidade pedagógica e tecnológica, boa interação entre os participantes, e um bom equilíbrio entre o planejamento e a flexibilidade, mas nunca podemos esquecer também, que uma boa EaD, depende e muito dos alunos, principalmente quando esses são curiosos e motivados e sendo assim eles facilitam o processo educacional e estimulam os professores a serem mais eficientes. Há poucos dias, o Ministro da Educação Fernando Haddad, destacou a importância da EaD e definiu a Universidade Aberta do Brasil (UAB) como ponto determinante para o futuro da educação brasileira.

E Partindo dos estudos de Skinner, justificamos o uso do computador como recurso válido para o desenvolvimento de habilidades e competências em alunos de todas as séries, preparando-os para um mercado de trabalho cada vez mais convulsionado por inovações. Dentro deste contexto, podemos destacar os princípios do comportamento humano. As características importantes apresentadas por ele são:

· apresentar a informação em seções breves;

· testar o estudante após cada seção;

· apresentar feedback imediato para as respostas dos estudantes.

As teorias de Skinner vêm ao encontro do crescente uso do computador na educação, bem como também todos os recursos tecnológicos disponíveis, justificando assim a importância de tais usos.

Trazendo estes conceitos para a área da informática na educação, podemos considerar que para um trabalho obter resultados positivos, pode utilizar as tecnologias da informação e comunicação de forma que possam contribuir para o aprendizado dos estudantes. E para que isso ocorra o trabalho deve ser cooperativo, colaborativo e interativo.

Essas contribuições podem ser de forma presencial ou à distância. À distância as contribuições podem ser através de uma lista de discussão, e-mail entre outros, considerando também que na atualidade, a internet permite a possibilidade não só de buscar informações, como também auxiliar o professor no processo de educação à distância, utilizando novos métodos de interação com o aluno, como participação em chats, listas de discussão, e videoconferências.

Por fim, é preciso compreender que formar cidadãos dentro da globalização, é educar para a cidadania, é ensinar a viver na mudança e não querer controlá-la. Entender que é impossível parar o mundo e assim, procurar adequar a nossa forma de educar, as mudanças rápidas e aceleradas presentes no mundo.


REFERÊNCIAS


MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 14ª edição, Campinas: Papirus, 2007;

http://mais.uol.com.br/view/09bg3eqyfis6/o-papel-da-educacao-a-distancia-ead-04023672C0C10326?types=A&;

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